Dia Mundial de Luta contra a Aids

A caminhada terá início às 9 horas, em frente à Assembléia Legislativa e seguirá pelas ruas do centro, até a Praça da Polícia. Durante o trajeto, os representantes das várias organizações envolvidas, incluindo secretarias estaduais e municipais, universidades, unidades de saúde e organizações não governamentais, farão a distribuição de material informativo sobre medidas de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e Aids.

Para mostrar a forma correta do uso da camisinha e esclarecer sobre cuidados e sintomas das DSTs, também será montado na Praça da Polícia o “Stand da Prevenção”. No local, voluntários farão demonstração de preservativos masculinos e femininos, distribuição de folhetos sobre o assunto, exibição de vídeos e estarão á disposição para tirar dúvidas da população. A atividade será realizada no período das 12h às 18 horas. Além disso, três sessões de Teatro Temático serão exibidas pelo Fórum OSC/Aids às 14h, às 16h e às 17 horas.

A coordenadora estadual de DST/Aids, Leila Cristina Ferreira, explica que o objetivo da mobilização é reforçar a preocupação com a prevenção, evitando todas as situações de risco. “Mais uma vez estamos incentivando o uso do preservativo, o meio mais seguro de se evitar a contaminação e lembrando que a Aids ainda não tem cura, embora os medicamentos utilizados atualmente garantam maior qualidade de vida”. Leila diz que, além de destacar a contaminação por via sexual e por objetos contaminados, como seringas compartilhadas, o foco do Dia Mundial de Luta contra a Aids deste ano é o avanço da doença entre as mulheres e a transmissão vertical do HIV (de mãe para filho).

Dados da Susam mostram que de janeiro a outubro deste ano foram notificados 164 casos de Aids no Amazonas. Desde 1986, já ocorreram 2.281 notificações na capital e no interior, dos quais 69 casos em crianças menores de 13 anos e cerca de 28% em mulheres.

No Amazonas, a média de contaminação ainda é de aproximadamente três homens para cada mulher. “No entanto, o número de mulheres infectadas vem crescendo em todo o mundo, representando um risco adicional pela possibilidade de transmissão do vírus durante a gravidez, o parto e a amamentação”, diz Leila.

Para evitar a transmissão vertical (de mãe para filho) Leila diz que o Estado está incentivando a realização do teste anti-HIV durante o pré-natal. “A detecção precoce do HIV, somada a terapia anti-retroviral adequada, reduz a quase zero a transmissão”. O exame é oferecido gratuitamente na rede pública de saúde e, no interior do Estado, 11 municípios já realizam o teste rápido, ampliando o acesso ao diagnóstico. Além disso, as mulheres que por algum motivo não realizaram ou não apresentaram o resultado do anti-HIV nas maternidades públicas são submetidas ao teste rápido momentos antes do parto. Em caso positivo a assistência à mãe e ao bebê é feita imediatamente e após o nascimento. Nessas condições, mãe e filho são acompanhados na Fundação de Medicina Tropical.

“O ideal é a detecção do vírus o mais cedo possível e por isso é preferível que o teste seja realizado no início do pré-natal”, destaca a coordenadora. Com o slogan “Aids não pode vir de berço. Faça o teste de HIN no pré-natal”, o Governo do Estado vai ampliar a mobilização, estendendo pelos próximos dois meses a distribuição de material informativo voltado especial para as mulheres grávidas.

INSTITUIÇÕES ENVOLVIDAS COM O DIA MUNIDAL DE LUTA CONTRA A AIDS

Fórum OSC/Aids, Coordenação Estadual e Municipal de DST/Aids, Fundação Alfredo da Matta, Fundação de Medicina Tropical, HUGV, Centro de Saúde Comte Telles, Frank Calderon, Lúcio Flávio Dias, Djalma Batista, Sejel, Sesi, Seduc, Sesc, Casa Vhida, Rede de Amizade e Solidariedade, Ong´s (Negros, Índios, Hansenianos, profissionais do sexo, travestis, deficientes físicos e mentais e Terceira Idade, Ufam, UEA, UniNilton Lins e UniNorte.

CASOS DE AIDS NO AMAZONAS, POR SEXO
Sexo Casos
Masculino 1.559
Feminino 613

AIDS x HIV:
O HIV é o vírus da imunodeficiência humana. A aids é a síndrome provocada pelo vírus. A pessoa pode ter o HIV e não ter aids. A doença pode levar até 10 anos para aparecer. Quando alguém tem aids, o HIV destrói as células de defesa do corpo, o organismo enfraquece e as doenças oportunistas podem se manifestar. A pessoa com HIV mesmo não tendo Aids, pode transmitir o vírus. Por isso é muito importante da camisinha em todas as relações sexuais e o uso de seringas e agulhas descartáveis.

DADOS GERAIS

AMAZONAS

Número total de casos notificados desde 1986 – 2.281
Total de casos notificados em 2004 (5 de novembro) – 164
Casos no interior do Estado – 311
Municípios que já notificaram casos de Aids – 41
Em homens – 72,3% (1.599 casos)
Em mulheres – 27,7% (613 casos)
Faixa etária com maior número de casos entre homens e mulheres – 20 a 39 anos
Mortes até o momento – 843

BRASIL
Número de casos de 1980 a dezembro de 2003 – 310.310
Homens com aids (1980-2003): 220.783 casos (71,1% do total)
Mulheres com aids (1980-2003): 89.527 casos (28,8% do total)
Total de casos de aids em crianças abaixo de 5 anos (1980-2003): 8.418
Estimativa de pessoas infectadas com HIV: 600 mil

SÍFILIS NO BRASIL
Estimativa de gestantes com sífilis: 60 mil
Casos de sífilis congênita de 1998-2003: 21.018