MS e Susam realizam CBVE em HIV/Aids

Desde 1986, quando foi identificado o primeiro caso de HIV/Aids no Estado, foram registradas 2.220 pessoas infectadas na capital e no interior. Cerca de 60% encontram-se em tratamento atualmente. Em sete dos municípios do interior há pelo menos um caso, mas 89% do total identificados estão concentrados em Manaus. Diferente da maioria dos estados brasileiros, as mulheres ainda são minoria, concentrando 27,44% dos casos, com média de contaminação de aproximadamente três homens para cada mulher.

Dados como esses serão apresentados no curso que é realizado uma vez ao ano e, no Amazonas, está sendo promovido pelo Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde e Secretaria de Saúde do Governo do Amazonas (Susam), através da Coordenação Estadual de DST/Aids, para capacitar técnicos de nível superior para notificação de HIV/Aids e Vigilância Epidemiológica no Estado. Com carga horária de 40 horas será ministrado por duas técnicas do Programa Nacional, Maria do Socorro Cavalcante, do Ceará, e Paula Muniz do Amaral, da Bahia.

Participam do curso 40 profissionais da Susam, Fundação de Medicina Tropical, Fundação Alfredo da Matta, Laboratório Central (Lacen), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), dos cursos de Enfermagem das universidades federal e do estado do Amazonas (Ufam e UEA) e Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). Também participam técnicos das secretarias municipais de saúde de Presidente Figueiredo, Parintins, Manacapuru, Itacoatiara, Coari e Tabatinga.

A coordenadora estadual de DST/Ais, enfermeira Leila Cristina Ferreira, explica que o curso aborda desde a história da epidemia às estratégias de vigilância do HIV. “Também é discutido as características regionais de DST/Aids. O Amazonas, por exemplo, se diferencia ainda de boa parte dos outros estados, já que aqui o homem ainda concentra mais de 70% dos casos”, explicou Leila.

Dividido em quatro módulos, o curso também aborda os aspectos gerais da infecção pelo HIV, desde o ciclo vital na célula humana, laboratório, formas de transmissão, prevenção, princípios básicos do tratamento, além da vigilância em Aids, que inclui fontes de dados, definições, estudos e notificações de casos, a preenchimento de fichas, legislação e anonimato. “Primordialmente, os participantes debatem e aprendem os fluxos e sistemas de informação, a consolidação e análise dos dados, estudos de prevalência e as articulações com outros setores e serviços”, disse Leila.

O curso, que acontece de 23 a 27 deste mês, será ministrado das 8 às 12 e de 14 às 16 horas, na Escola Superior da Artes e Turismo da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), localizada na avenida Leonardo Malcher, Centro.

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