Municípios apresentaram ações bem-sucedidas
Os resultados apresentados aos demais demonstram queda de 58% em relação ao mesmo período de 2003. Segundo a gerente de endemias Edebiza Barbosa, após reunião avaliativa com a Susam e Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, foi definido o plano municipal de reativação e inserção da atenção básica do município no controle de endemias. “A retomada e envolvimento dos agentes comunitários e do programa saúde da família no plano tático, que envolveu treinamento pela Susam dos agentes e técnicos, coleta de lâmina, borrifação, ações preventivas, entre outros, foi a principal arma para o controle da malária”, disse a gerente. “Vamos continuar nossas ações para reduzir ao máximo a incidência da doença em Iranduba”.
Outra experiência que deu certo foi a união de forças de Rio Preto da Eva e Itacoatiara, no assentamento do Incra, denominado de Iporá. O assentamento possui cerca de 800 famílias e fica nos limites dos dois municípios. “O local era responsável pelo maior índice de malária nos dois municípios”, disse o secretário municipal de saúde de Rio Preto da Eva, Antônio Ramos. “O esforço conjunto resultou, em dois meses, na redução de 50% no número de casos de malária. Mapeamos todos os criadouros e fizemos busca ativa de casos, borrifação intradomiciliar, termonebulização e diagnóstico e tratamento precoce. Tudo em parceria e com a ajuda do governo Estadual e Federal, que treinou os agentes e atualizou o conhecimento dos profissionais de nível superior nos municípios”, ressaltou o secretário. Rio Preto da Eva deve receber a partir de julho a certificação em Epidemiologia e Controle de Endemias, tendo seus trabalhos avaliados mensalmente.
O município de Lábrea vem acumulando queda de 20% no número de casos de malária, mês a mês. O resultado é, segundo o secretário municipal de saúde, Orley Pimenta, resposta da descentralização do atendimento em endemias e da rede de diagnóstico. “Anteriormente tínhamos um só posto para atender toda a população urbana e rural. Após a primeira reunião de avaliação de controle de endemias, a prefeitura mapeou e detectou as falhas. Uma delas era a centralização desse controle e diagnóstico”, disse Orley. Após atualização e treinamento dos funcionários da Prefeitura da área de saúde de Lábrea, o município conta agora com número maior de recursos humanos e foram criados nove pólos para diagnóstico e tratamento da malária, espalhados na zona urbana e zonas rurais.
Leônidas Sampaio, técnico da Vigilância Epidemiológica de Endemias de Manaus, apresentou o plano de controle aplicado no bairro Nova Cidade, que conseguiu zerar os casos de dengue e controlar índices de malária no local. “Vamos completar um mês sem registros de casos de malária e dengue no Nova Cidade. Foi um trabalho bem desenvolvido pelos agentes, que receberam treinamento da Susam e da Semsa”, disse Leônidas. Ele ressalta que, além do treinamento de recursos humanos, o envolvimento da comunidade residente no Nova Cidade no processo de educação em saúde foi importante para a meta já alcançada. “Os agentes foram além da busca ativa de casos. Fizemos uma supervisão completa dos casos de malária, incluindo até a checagem diária dos pacientes já diagnosticados para o controle da medicação”, disse ele. Atualmente, metade dos 12 agentes de endemias estão ainda no bairro atuando na vigilância e controle do número de casos, para manter o índice zero de casos positivos.