Maternidade Ana Braga será referência no Estado
Localizada na zona Leste de Manaus, área que concentra cerca de 380 mil habitantes, a unidade foi construída com toda a estrutura necessária para atendimento de gravidez de alto risco, ampliando este tipo de atenção especializada no Estado. Os leitos serão inaugurados em duas etapas.
A partir de amanhã estarão em operação os primeiros 75 leitos, incluindo 45 de alojamento conjunto, 10 da Unidade Neonatal de Terapia Intensiva (UTI) e 20 alojamentos tardios para abrigar as mães de bebês que necessitarem de internação por períodos prolongados. Também serão abertos 18 leitos de pré-parto, onde as grávidas permanecerão até o momento da transferência para as salas de parto. Inicialmente poderão ser realizados até quatro partos simultâneos, sendo dois normais e dois cesáreos. Com a inauguração da segunda etapa, em data a ser definida, a capacidade será de oitos nascimentos ao mesmo tempo.
Serão atendidas na maternidade as grávidas encaminhadas pelos programas de pré-natal. A prioridade será para a gravidez de alto risco. Esta gravidez é caracterizada por risco de doença ou morte antes ou após o parto, tanto para a mãe quanto para o bebê. Dentre as causas mais comuns estão diabetes, hipertensão, pré-eclampsia, gestação gemelar, deslocamento e outros problemas relacionados à placenta.
A secretária de Estado da Saúde, Leny Passos, explica que a maternidade, instalada em 9,3 mil metros quadrados, foi projetada para garantir biossegurança e tratamento avançado de resíduos hospitalares. De acordo com ela, para oferecer modernidade tecnologia avançada, o Governo do Estado investiu R$ 14,7 milhões. Para equipar a unidade foram aplicados outros R$ 17,7 milhões, totalizando mais de R$ 32 milhões de investimentos. No funcionamento da maternidade serão investidos mensalmente R$ 1,8 milhões.
O atendimento na unidade será feito inicialmente por 550 servidores de nível superior, técnico e auxiliar, além de quatro cooperativas médicas que vão atuar com equipes de obstetras, pediatras (neonatologias e intensivistas), anestesiologistas e cirurgiões, em plantões 24 horas.
Leny Passos destaca que além de ampliar o acesso à maternidades e elevar a qualidade dos atendimentos a gestantes e recém nascidos, a maternidade Ana Braga será referência em novos procedimentos de alta complexidade. Dentro de 60 dias a unidade estará pronta para a realização de cirurgias cardíacas pediátricas, e em até 90 dias, estará funcionando o pronto-socorro ginecológico para atendimento de urgências.
Atualmente estão em operação quatro maternidades públicas estaduais, distribuídas nas zonas Norte (Azilda Marreiro e Nazira Daou), Sul (Balbina Mestrinho) e Oeste (Alvorada). Nestas unidades nascem todos os meses, em média, 1000 bebês de parto normal e 460 de parto cesáreo. Além delas o atendimento pelo SUS é feito em unidades conveniadas (filantrópicas e particulares) e em uma maternidade municipal.