Susam apresenta Observatório em Saúde para presidente Lula

O Obseratório de Vigilância em Saúde que vai permitir que a Secretaria de Estado da Saúde (Susam), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e outras instituições da área de ensino e pesquisa, intensifique o uso de sistemas de inteligência para melhorar as condições de saúde da população no Amazonas.

Ao todo, 11 instituições integram o Observatório, criado no final do ano passado, como uma das ações que visam o desenvolvimento da Amazônia Legal. O núcleo utiliza as ferramentas do Sistema Nacional de Vigilância Ambiental (Sisvam), especialmente o georeferenciamento, para conhecer e monitorar condições climáticas, ambientais e epidemiológicas da região. A apresentação do projeto ao presidente foi feita pela secretária de Estado da Saúde, Leny Passos, e pelo diretor da unidade regional da Fiocruz na Amazônia, Luciano Toledo.

Leny Passos disse que o Observatório já está contribuindo para estudos na área de malária e dengue e que, ao longo de 2004, serão desenvolvidos projetos relacionados a hepatites virais, hanseníase, doenças sexualmente transmissíveis e Aids, envolvendo as fundações de Medicina Tropical e Alfredo da Matta. “Estamos utilizando o que há de mais avançado em tecnologia para tratar e prevenir impactos na área de saúde”, disse.

O mapeamento das principais áreas de risco para transmissão da malária vem possibilitando que a Susam desenvolva estratégias de combate ao mosquito em sua forma adulta e larvária, concentradas nos pontos de maior concentração de criadouros e densidade vetorial.

Com relação à dengue, além do mapeamento, quatro bairros fazem parte de pesquisas avançadas – Coroado, Tancredo Neves, Flores e Chapada. “Os estudos permitem que a equipe de Vigilância em Saúde aja com mais rapidez e de forma muito eficiente”. Com relação às doenças transmissíveis serão referenciados os espaços críticos de transmissão e a dinâmica da disseminação.

De acordo com Luciano Toledo, as prioridades do Observatório para este ano são a qualificação de pessoal técnico e a disponibilidade do georeferenciamento de todos os municípios do Amazonas, já concluído. Até o final de 2004, devem ser treinados mais de 100 profissionais das várias instituições envolvidas, para manuseio dos dados e desenvolvimento de projetos. Os sistemas de informática utilizados como suporte são principalmente o Mapinfo e o Arqview. O diretor disse também que está prevista a realização uma especialização em Georeferenciamento. O curso, pioneiro na Amazônia, deve ser oferecido em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Leny Passos e Luciano concluíram, reforçando que o Observatório é um esforço multiinstitucional para produção de novas tecnologias que possam ser aplicadas ao nível do SUS para melhoria das condições de saúde das populações da Amazônia.

Instituições que fazem parte do Observatório de Saúde da Amazônia:

Susam
Fiocruz
Sisvam
Semsa
Funasa
Datasus
CPRM
Alfredo da Matta
Fuindação de Medicina tropical
Ufam