PAM Codajás – Mudanças no atendimento

Os atendimentos básicos (simples) na área de ginecologia, obstetrícia e pediatria estão sendo transferidos para os centros de saúde, que irão funcionar com o reforço de equipes médicas do Pronto Atendimento Médico (PAM) Codajás. A Secretaria de Estado da Saúde (Susam) está orientando os usuários a procurarem o centro de saúde mais próximo de sua residência, para as próximas consultas.

Também estão migrando para os centros de saúde todos os programas relacionados à atenção básica, até então em funcionamento no PAM Codajás: os de auxílio e acompanhamento a portadores de diabetes e hipertensão, ao pré-natal, menopausa e planejamento familiar.

A secretária estadual de saúde, Leny Passos, explica que as mudanças no PAM fazem parte da Municipalização da Atenção Básica. “Estamos reorganizando os serviços de saúde”. Segundo ela, com o Termo de Municipalização, assinado em outubro do ano passado entre o Estado e a Prefeitura, as responsabilidades ficaram divididas e bem definidas. “O município agora responde por todas as ações básicas e o Estado, pelos serviços de média e alta complexidade.

Leny Passos diz que estão incluídos da atenção básica os atendimento em clínica geral, pediatria, ginecologia, obstetrícia e odontologia, os exames simples de diagnóstico, e os programas de vacinação e prevenção de doenças. Na médica e alta complexidade estão especialidades médicas não incluídas na atenção básica, realização de exames de diagnóstico como ultrassonografia, raio x e eletrocardiograma, cirurgias, transplantes, internações, partos e atendimento de urgência e emergência.

Atendendo os termos da Municipalização, o governo do Estado passou para a Prefeitura 23 Centros de Saúde, com os recursos humanos, equipamentos e materiais já existentes para que as unidades continuassem a oferecer normalmente assistência básica à população. “Desde o dia 5 de janeiro, estes centros estão sendo gerenciados pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), que está absorvendo aos poucos a demanda que era do Estado”.

A secretária explica que para implementar os serviços de média complexidade que até o momento estão concentradas no PAM Codajás, o governo do Estado está implantando uma rede de policlínicas que contará com 17 unidades, das quais cinco para atendimento especializado a crianças e adolescentes. “Este é um momento importante que irá trazer melhorias para o atendimento de saúde”, aposta Leny. Ela garante que a população poderá ficar tranqüila que todos os serviços continuarão a ser oferecidos. “Em alguns casos, haverá apenas mudança de endereço, como é caso das policlínicas que estarão espalhadas nos bairros oferecendo pelo menos cinco das especialidades só oferecidas hoje pelo PAM (gastroenterologia, ginecologia, dermatologia, oftalmologia e cardiologia).

SERVIÇOS QUE SERÃO TRANSFERIDOS PARA OS CENTROS DE SAÚDE

Consultas de clínicas básicas:

– Ginecologia
– Obstetrícia
– Pediatria

Programas de Controle e Prevenção:
– Diabetes
– Hipertensão
– Pré-Natal
– Climatério
– Planejamento Familiar

REORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE SAÚDE

Com a Municipalização da Atenção Básica, os serviços de saúde oferecidos pelo estado e pelo Município ficaram bem definidos.

Atendimento Básico – SEMSA
O atendimento nos centros de saúde e no Programa Médico da Família continua a ser feito normalmente, sendo que 23 centros de saúde que eram do Estado, agora são administrados pela Prefeitura.
Estão incluídos na Atenção Básica os atendimentos em clínica geral, pediatria, ginecologia, obstetrícia, odontologia e serviços auxiliares de diagnose.

Unidades de Atenção Básica (gerenciadas pela Prefeitura):

Casa de Saúde da Família (CSF)
Centro de Saúde (CS)
Casa de Saúde da Mulher
Ambulatório de Alta Resolutividade (AAR)
Centro de Referência do PMF (CR)
Unidades Básicas Rurais

Atendimento Intermediário (de Média Complexidade) – SUSAM
O Estado está criando uma rede de Policlínicas, espécies de mini PAMs que serão implantados nos bairros. A rede terá 17 unidades. Dez, incluindo o PAM Codajás e o PAM Centro (que será reconstruído) farão atendimento de adultos. Três serão para atendimento específico de crianças e duas para adolescentes.

As Policlínicas terão cinco especialidades padrão (gastroenterologia, ginecologia, dermatologia, oftalmologia e cardiologia). Nos dois PAMs serão oferecidas cerca de 20 outras especialidades.
A rede de Policlínicas faz parte do atendimento de Média Complexidade, onde são oferecidas especialidades médicas não incluídas na atenção básica (por exemplo, gastroenterologia, hematologia, cardiologia, oftalmologia, dermatologia, ortopedia e nefrologia), realização de exames de diagnóstico (ultrassonografia, raio x, eletrocardiograma e endoscopia alta) e pequenas cirurgias.

Alta Complexidade – SUSAM
Inclui especialidades médicas não básicas, exames avançados de diagnóstico, cirurgias, transplantes, internações, urgência e emergência. Também continua funcionando normalmente, nos hospitais e pronto-socorros.

Unidades de Média a Alta Complexidade (gerenciadas pelo Estado):

Centro de Referência (Pneumologia Sanitária, Oncologia, Hemoterapia e Hematologia, Psiquiatria, Medicina Tropical, Dermatologia e Venereologia)
Ambulatório de Especialidades
Hospitais (Geral, Infantil e Universitário)
Serviço de Pronto Atendimento (SPA)
Instituto da Criança
Maternidade
Pronto-Socorros (da Criança, Geral e de Referência)
Policlínicas

OBSERVAÇÕES
1. As “portas de entrada” do Sistema de Saúde são as unidades básicas e o Programa Médico da Família.
2. Serão atendidos nas policlínicas e hospitais apenas os pacientes com encaminhamento médico
3. Segundo a Organização Mundial de Saúde cerca de 80% dos problemas de saúde podem ser resolvidos na assistência básica.