Mutirão de Saúde no Mauazinho
O bairro do Mauazinho, zona Leste, nas proximidades do Distrito Industrial, será o próximo alvo das ações de educação em saúde da Secretaria de Estado da Saúde (Susam) visando intensificar o controle da malária e dengue em áreas de risco e regularizar o calendário de vacinação dos moradores. Serão beneficiados neste sábado (dia 31) o Mauzinho I e II, Loteamento Jardim Mauá e Parque Mauá, onde residem mais de 17 mil. A secretária estadual de Saúde, Leny Passos, orientou o Departamento de Vigilância em Saúde a cobrir todas as áreas de invasão, em Manaus, depois de verificar que nestas regiões crianças e adultos, além de estarem mais expostos a uma série de doenças, também estão em atraso com vacinas do calendário básico.
O primeiro mutirão de vacinação e prevenção da dengue e malária foi realizado na invasão Nova Vitória, onde a Susam levou mais de duas mil doses de 10 tipos de vacina, incluindo a de febre amarela. As ações de educação em saúde nos bairro deverão ter agentes orientando a população na prevenção de doenças.
O mutirão de vacinação é resultado de uma pesquisa de imunização dos moradores e decorrente de visita da secretária Leny Passos, às áreas de risco, onde foram identificados muitos adultos e crianças em falta com vacinas básicas do calendário de imunização.
Na ação deste sábado (dia 31) serão aplicadas as vacinas contra Febre Amarela, Tríplice Viral (contra sarampo, rubéola e caxumba), em crianças de 0 a 4 anos, Hepatite B, em menores de 19 anos, e a TD (Dupla Adulto), contra difteria e tétano em mulheres grávidas, crianças e adultos acima de 7 anos. Também serão aplicadas, conforme a necessidade, a tetravalente que além de proteger contra a difteria e tétano, é contra a coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b. Ao todo serão mais de 4 mil doses para o primeiro dia de trabalho.
“Nestas regiões invadidas a população facilita a reprodução do mosquito transmissor da malária com a derrubada da mata e criação de barragens nos igarapés”, disse Leny. “As cacimbas abertas, pneus e latas velhas e até mesmo a represa de água de chuvas em lonas que cobrem casas também podem ser criadouros de mosquitos. Além disso, com a proximidade do homem com a mata virgem após os desmatamentos, os moradores ficam expostos ao vírus da febre amarela”, disse.
Leny ressalta ainda que fatores como a falta de vacinação básica dos moradores em áreas invadidas, a falta de infra-estrutura e abastecimento de água adequado tornam as pessoas mais suscetíveis a doenças transmissíveis. “A baixa imunidade facilita infecções e prejudica a recuperação”. Detectar e vacinar os moradores que não estão com as vacinas em dia, em especial, as crianças, é a melhor forma de vigilância em saúde”.
Dentre as ações desenvolvidas pela Secretaria no dia do mutirão estão a distribuição de material informativo sobre as doenças, visitas domiciliares, exposição aos moradores do ciclo biológico do mosquito da malária (ovo, larva, pupa e mosquito adulto), fixação de cartazes em pontos estratégicos como borracharias, balneários, tabernas. Os agentes de saúde também vão orientar os moradores que não têm os sintomas da malária sobre a importância do diagnóstico e tratamento próximo ao seu domicílio. Quanto à dengue, os agentes devem orientar a população para que não incentivem os criadouros naturais do mosquito, em águas paradas.