Monitoramento em dengue e meningite

Além de intensificar as visitas domiciliares, realizadas por 400 agentes de endemias, para identificar e eliminar focos de desenvolvimento do mosquito transmissor, a Secretaria elaborou um calendário de cursos de atualização para profissionais da rede de saúde pública e privada. Os cursos serão ministrados em parceria com a Fundação de Medicina Tropical.

Nesta quarta e quinta-feira (28 e 29) acontece o seminário de Atualização em Dengue Clássica e Manejo de Pacientes com Dengue Hemorrágica, médicos, enfermeiros, bioquímicos, outros profissionais de saúde e estudantes, que poderão participar do evento gratuitamente. No próximo dia 2 de fevereiro, será promovida a Atualização em Dengue Clássica e Manejo de Pacientes com Dengue Hemorrágica, exclusivamente para pediatras. Os dois eventos acontecem no auditório da Fundação de Medicina Tropical, das 19h30 às 22 horas.

Também será promovido nesta sexta-feira (30), um curso de Atualização em Doença Meningoccócica, para médicos e enfermeiros, no auditório da Susam, das 19h30 às 21 horas.

A secretária de estado da Saúde, Leny Passos, ressalta que no período de aumento das chuvas, cresce a possibilidade de surgimento desttas doenças e por isso a Susam está redobrando os cuidados, com a intensificação das ações de vigilância e reciclagem profissional. “Estamos criando as condições para que a população possa se prevenir e, em casos inevitáveis, garantir que o diagnóstico e o tratamento sejam feitos o mais rapidamente possível”. Leny ressalta que o diagnóstico precoce é fundamental para evitar o agravamento tanto da meningite quanto da febre hemorrágica de dengue.

A secretária informa que a rede de saúde está preparada para o atendimento aos pacientes que apresentarem sintomas graves de dengue, incluindo febre hemorrágica. A Susam e a Fundação de Medicina Tropical já organizaram os fluxos e as rotinas de atendimento para estes casos, em reunião, na última semana, reunindo diretores das unidades de urgência e emergência.
“Todos os profissionais que lidam com o atendimento emergencial devem estar vigilantes”, ressalta Leny Passos. “Todos devem trabalhar para que o Amazonas continue com índice de letalidade zero em febre hemorrágica de dengue”, diz, destacando que o risco de introdução do sorotipo 4, que já circula na Venezuela.

No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, já estão em circulação os tipos 1, 2 e 3. “A introdução do quatro tipo pode aumentar em muito as possibilidade de febre hemorrágica, que também cresceu com a introdução do tipo 3, no final de 2002”. A secretária explica que os pacientes ficam imunes ao tipo adquirido, mas podem evoluir para a forma hemorrágica, se infectados por novos tipos. “Daí a necessidade do rápido diagnóstico e tratamento”.

Em 2003, foram notificados 3.397 casos de dengue, sendo 59 de febre hemorrágica e nenhuma morte. De 1998 a 2003, foram mais de 47 mil casos de dengue, 36% concentrados em 2001, quando o Estado sofreu uma grande epidemia da doença, com 18.820 casos.