Doenças tropicais: FVS-RCP leva 19 produções técnico-científicas ao 58º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Produções incluem relatos de experiência e trabalhos científicos

FOTOS: Girlene Medeiros/FVS-RCP

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), participa do 58º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (Medtrop), que ocorre até quarta-feira (13/09), em Salvador. A participação inclui 19 produções técnico-científicas da fundação. O evento é voltado para pesquisadores, estudantes e profissionais da área de saúde.

O Medtrop é considerado o maior evento de caráter multidisciplinar em Medicina Tropical da América Latina. Em 2023, o evento tem como tema central: “Desafios para Medicina Tropical no Século XXI. Como enfrentá-los?”; a iniciativa é da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT).

As produções técnico-científicas incluem relatos de experiência e trabalhos científicos, resultantes das atividades operacionalizadas nas rotinas de trabalho ou da integração com grupos de pesquisa de âmbito nacional e internacional, que contribuem para o fortalecimento da Vigilância em Saúde do Amazonas.

A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, destaca que o Medtrop é oportunidade para a equipe conhecer estudos relevantes sobre doenças tropicais que estão sendo realizados nas regiões das Américas e no restante do mundo.

“O Medtrop é oportunidade para discutir temas importantes da Vigilância em Saúde, voltados ao enfrentamento de doenças tropicais. O objetivo é fortalecer a vigilância, tornando-a, cada vez mais, atuante e sensível dentro do contexto de Saúde Única, isto é, considerando as perspectivas de saúde humana, animal e ambiental”, destaca Tatyana.

Das 19 produções científicas levadas ao Medtrop de 2023 pela FVS-RCP, são nove relacionadas à Vigilância Ambiental, sete de Vigilância Laboratorial e três de Vigilância Epidemiológica. Na Vigilância Ambiental, os estudos estão relacionados ao enfrentamento de malária, dengue, doença de Chagas, leishmaniose visceral canina e Leishmaniose Tegumentar Americana.

De acordo com Elder Figueira, chefe do Departamento de Vigilância Ambiental (DVA), da FVS-RCP, a experiência técnico-científica das estratégias utilizadas para o combate das doenças no Amazonas soma-se às experiências em todo o mundo que são compartilhadas no Medtrop. “Trata-se de encontro multiprofissional muito valoroso já que aborda ações realizadas para enfrentamento dos principais agravos que atingem as regiões tropicais”, disse.

Pela Vigilância Laboratorial, técnicos do Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM) tiveram trabalhos aprovados no evento voltados ao diagnóstico de tuberculose, de malária, sistema de informação laboratorial, fluxo e tutela de amostras biológicas para a vigilância em saúde. “Trouxemos a expertise do Lacen, visando buscar ainda mais conhecimentos para fortalecer a atuação laboratorial frente às doenças tropicais no Amazonas”, afirma Marlúcia Garrido, que atua fortalecendo a pesquisa científica no Lacen-AM.

No campo da Vigilância Epidemiológica, as três produções científicas, todas na área de tuberculose, são fruto da integração da FVS-RCP com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) de Manaus e Rede Brasileira de Pesquisa em Tuberculose (Rede-TB), além das atividades junto ao Comitê Estadual de Combate à Tuberculose do Amazonas.

“A integração com o Comitê de tuberculose do Amazonas, instituições e sociedade de pesquisas é eixo prioritário para a eliminação da tuberculose como problema de saúde pública no Amazonas”, disse Jair Pinheiro, Gerente de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (GCCI), no Departamento de Vigilância Epidemiológica (DVE) da FVS-RCP.

Importância nacional

Sobre a importância do evento, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Ethel Maciel, destacou o trabalho integrado da atuação governamental junto às sociedades civil e científica. “Há a necessidade de trabalhar muito mais próximo para que possamos encontrar as soluções possíveis e passíveis de serem feitas num curto, médio e longo prazo. Reafirmamos a nossa vontade e determinação para que nós possamos, cada vez mais, estreitar esses laços e construir em cima dos desafios, o que podemos fazer juntos”, ressaltou a secretária.

O presidente da SBMT, Júlio Croda, endossou o discurso, enfatizando a necessidade de que as pesquisas científicas sejam produzidas a partir da necessidade local. “É preciso ter tratamento, vacina e controle para as nossas doenças. E quem vai responder a esses problemas é esse trabalho conjunto entre as instituições públicas, o Ministério da Saúde, a OPAS (Organização Panamericana de Saúde), que pode contribuir para o desenvolvimento do complexo econômico da saúde”, afirmou.

Medtrop

O 58º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (Medtrop) é uma realização da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) e conta com o apoio da Organização Panamericana de Saúde (OPAS), da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Ministério da Saúde e Governo do Estado da Bahia.