SES-AM realiza reunião com Grupo de Trabalho para elaboração da Política Estadual de Saúde Indígena

O encontro, no auditório do órgão, contou com a presença de 20 representantes de diversas entidades e organizações

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) realizou, na quarta-feira (23/04), a primeira reunião do Grupo de Trabalho (GT) para elaboração da Política de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas do Amazonas (Paspiam). O objetivo é discutir soluções para fortalecer o compromisso e a valorização dessa população na rede de saúde local. A reunião aconteceu no auditório da SES-AM, com a presença de 20 representantes de diversas entidades e organizações. 

A formação do Grupo de Trabalho é considerada um marco para o fortalecimento de práticas que enxerguem as necessidades dos povos indígenas do estado. O Amazonas possui o maior número de indígenas do Brasil, com 490.854 pessoas, segundo o Censo 2022 do IBGE. 

No evento, foram debatidos pontos importantes para desenvolver uma minuta que sirva de referência para todas as instituições de saúde no Amazonas. 

A secretária da SES-AM, Nayara Maksoud, afirma que a adaptação dos serviços de saúde às realidades locais é fundamental para garantir o acesso equitativo e eficaz a todos. “O princípio da equidade tem que ser cada vez mais fortalecido dentro da política de atenção, em qualquer ponto da rede de saúde”, afirmou.

Uma das propostas fechadas na primeira reunião foi a criação de um calendário mensal ou quinzenal para a construção coletiva e enriquecedora da política de saúde para os povos indígenas.

A secretária Executiva de Atenção Especializada e Políticas de Saúde da SES-AM, Lais Moraes, observa que a secretaria organiza um movimento diferenciado, com a participação do controle social e vários entes que representam os interesses dos povos originários, com o intuito de criar uma política estadual que atenda às necessidades, a busca pela garantia dos direitos constitucionais e o atendimento dos interesses culturais, territoriais e de costumes. “A intenção é que possamos reunir pessoas que representam e defendem esses direitos para que haja uma construção equânime”, ressaltou.

Foto: Evandro Seixas/SES

O evento contou com a participação do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz), Superintendência Estadual do Ministério da Saúde no Amazonas (SEMS), Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV/Ufam/Ebserh/MEC), Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-RCP), Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Amazonas (COSEMS/AM), Fundação Estadual dos Povos Indígenas do Amazonas (Fepiam Coordenação Regional Manaus da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Escritório da OIM – ONU Migração no Amazonas, Conselho Distrital de Saúde Indígena Manaus (CONDISI MAO), Conselho Estadual de Saúde do Amazonas (CES-AM), Assessoria Regional da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) para a região Norte I e Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).