Manaus, Tabatinga e Manacapuru registram casos de dengue, neste início de ano

Manaus, Tabatinga e Manacapuru são os municípios que registraram casos de dengue no Amazonas, na primeira quinzena deste mês, mas os índices estão dentro do esperado para o período. A informação foi apresentada pelo diretor-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), Bernardino Albuquerque, na abertura do “Treinamento em Assistência ao Paciente com Dengue”, que acontece nesta quinta e sexta-feira (17 e 18), promovido pelo órgão em parceria com a Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT/HDV). Na capital, foram notificados 197 casos. Em Tabatinga e Manacapuru foram 37 e 14 notificações, respectivamente.

Segundo Albuquerque, os números não chegam a preocupar. Mesmo assim, como parte das medidas integrantes de Plano Estadual de Controle da Dengue, o Governo do Estado está reforçando as orientações e procurando sensibilizar os profissionais de saúde para a importância do diagnóstico precoce da doença e o correto manejo clínico dos pacientes. O objetivo, conforme tem ressaltado o secretário estadual de Saúde, Wilson Alecrim, é evitar o surgimento de casos de dengue grave e, principalmente, a ocorrência de óbitos relacionados à doença.

O treinamento iniciado nesta quinta-feira no Auditório 2 da FMT/HVD, foi aberto à participação de médicos, enfermeiros e bioquímicos das redes pública e particular de saúde e, também, de instituições militares. Serão cinco turmas: três nesta quinta-feira e duas na sexta-feira. A diretora-presidente da FMT/HVD, Graça Alecrim, explica que os profissionais receberão informações sobre a epidemiologia da dengue, com dados atualizados sobre a incidência da doença na capital e no interior; a estrutura de apoio diagnóstico disponível (incluindo a alternativa do chamado “teste rápido”) e o protocolo de manejo clínico dos pacientes graves e não-graves. “Organizamos a programação de forma a permitir a participação do maior número possível de profissionais de saúde”, frisou Graça Alecrim.

Neste início de mês, a FMT recebeu seis pacientes com quadro de dengue grave, mas todos já receberam alta e não houve nenhum paciente que precisasse ser levado à Unidade de Terapia Intensiva. “Em todos os casos o diagnóstico foi bem feito na rede de assistência pré-hospitalar e o paciente prontamente encaminhado à internação, o que contribui para o êxito do tratamento”, disse a diretora da FMT.

O secretário de saúde de Manaus, Evandro Melo, também participou da solenidade de abertura do treinamento e disse que a rede de atendimento da capital está preparada e em alerta por conta do período de chuvoso, que coincide com o aumento sazonal do número de casos da dengue. “Ampliamos o horário de atendimento em algumas unidades de saúde. É muito importante que as pessoas com sintomas sugestivos da dengue procurem imediatamente a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa para a consulta ao médico. As unidades estão orientadas a priorizar o atendimento destes casos”, frisou Evandro.

Bernardino Albuquerque disse que o mesmo treinamento de atualização que está sendo oferecido aos profissionais da capital pela parceria entre a FVS e FMT, será levado nesta sexta-feira e no sábado (19) aos profissionais de saúde do município de Tabatinga (distante 1.105 quilômetros de Manaus) e, provavelmente no próximo final de semana, a Manacapuru. “À medida em que formos identificando a necessidade ou recebendo solicitação das prefeituras, iremos estender o treinamento a outros municípios”, disse Bernardino.

Redução de casos – De acordo com dados da FVS, o Amazonas fechou o ano de 2012 com redução de 94,4% no número de casos confirmados de dengue, em relação ao ano anterior, quando o Estado registrou um quadro epidêmico da doença. Foram 57 mil casos confirmados de dengue, em 2011, contra 3.173, no ano passado.

Graça Alecrim destaca, no entanto, que a intensificação do período de chuvas exige que a população e as autoridades de saúde redobrem as medidas de prevenção e reforcem a rede de assistência para manter a dengue sob controle. “É um período muito propício à proliferação do mosquito transmissor da doença, em virtude, principalmente, do acúmulo de água parada”, diz a diretora da FMT.

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