Governo intensifica ações para controlar malária durante a cheia

A Secretaria de Estado da Saúde (Susam) intensificou o monitoramento da malária nos municípios afetados pela cheia dos rios. No primeiro trimestre deste ano, a Secretaria registrou crescimento de 30% da doença, cerca de 15 mil casos a mais, em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo o secretário estadual de Saúde, Wilson Alecrim, o aumento está concentrado principalmente nos municípios onde a cheia ultrapassou o esperado para este ano. Ele explica que a subida das águas propicia o aumento dos mosquitos transmissores e impulsiona a migração das populações, facilitando a dinâmica de transmissão da doença.

Alecrim destaca que, apesar deste aumento pontual, a meta de redução da malária em 30% em 2012 está mantida. Segundo ele, desde 2007, o Governo do Amazonas mantém em execução o Plano Plurianual de Controle da doença, que garantiu nos últimos cinco anos a queda de aproximadamente 70% das notificações de malária em todo o Estado. “O aumento esperado no período das cheias era de 15%. No entanto, vamos continuar o monitoramento e o auxílio aos municípios que registraram aumento da doença para tornar viável o alcance da meta estabelecida”.

De acordo com o secretário, este ano serão investidos R$ 24 milhões no controle da malária no Amazonas para ações de borrifação, busca ativa de casos, diagnóstico e tratamento, assessoria técnica e capacitação na capital e no interior. Também serão distribuídos até o final do ano 500 mil mosquiteiros impregnados com inseticida para proteção das populações que vivem em áreas com risco de transmissão da doença.

A diretora técnica da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS), Lubélia Sá Freire, explica que nos municípios onde há presença do mosquito transmissor da doença, mesmo naqueles onde não houve aumento de casos, estão sendo feitas novas reuniões de assessoria técnica para implantação e desenvolvimento do Plano de Intensificação do Controle da Malária (PICM).
O PICM é desenvolvido junto às gerências de endemias dos municípios de acordo com suas características e necessidades. De acordo com Lubélia, além de otimizar as ações rotina, com o PICM os municípios passam a investir mais em atividades de educação em saúde e mobilização social, a fim de envolver a população no processo de proteção e tratamento da malária.

“O envolvimento da população é fundamental para que as ações sejam positivas. É importante o uso do mosquiteiro impregnado de acordo com as orientações do agente de endemia, procurar uma unidade de saúde ao surgimento de sintomas como febre, dor de cabeça e calafrios e utilizar a medicação conforme prescrição médica, além de evitar locais próximos a matas e rios do anoitecer ao amanhecer”.

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