Telessaúde terá novas antenas de transmissão

O Governo do Estado irá instalar, a partir do primeiro semestre de 2012, antenas de transmissão via satélite para melhorar a qualidade e eficácia do atendimento de telessaúde que já é realizado nos 62 municípios do Amazonas. O anúncio foi feito pelo secretário estadual de saúde, Wilson Alecrim, durante a abertura do Congresso Internacional de Telessaúde, realizada neste sábado, dia 19 de novembro, no Tropical Hotel, bairro Ponta Negra, zona Oeste.

Alecrim informou que o programa de Telessaúde é prioridade do Governo do Amazonas, já estabelecida pelo governador Omar Aziz, para ampliar o acesso à assistência especializada, principalmente no interior, e destacou que os equipamentos beneficiarão inicialmente 42 municípios e, provavelmente, no segundo semestre de 2012, os 20 restantes. “Essas antenas possibilitarão uma conexão eficiente entre médico e paciente. Além de aperfeiçoar o envio de imagens de raios-X e exames de modo geral”, disse.

O secretário também anunciou que, atendendo a uma determinação do governador Omar Aziz, outra meta para o ano que vem é a ampliação das especialidades médicas ofertadas pelo sistema de teleconferência. “Vamos passar de 16 para 30 especialidades oferecidas no telessaúde. A meta é que o programa seja autossuficiente para que a população geograficamente distante não precise se deslocar para a capital em busca de um especialista”, reiterou Alecrim.

Um dos responsáveis pela implantação do programa em nível nacional e atualmente presidente do Conselho Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde (CBTs), Chao Lung Wen, que também participa do congresso em Manaus, avaliou positivamente a atuação do Amazonas dentro do programa.

“Embora a região tenha um agravante, que é a dificuldade geográfica de acesso, diferente dos demais estados brasileiros, o Amazonas conseguiu levar a tecnologia do programa para todos os seus municípios. Isso significa dizer que, de maneira geral, a saúde fica sob o controle dos gestores, uma vez que é possível, por exemplo, se evitar epidemias. Afora a qualidade de vida que passa a ser democratizada para as comunidades ribeirinhas”, avaliou Chao.

Outro ponto positivo explorado na abertura do congresso de telessaúde em Manaus diz respeito à educação. Para o secretário de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde (MS), Milton de Arruda Martins, a troca de experiência entre o médico especialista que fica na capital e o médico do interior, via teleconferência, acaba significando uma capacitação indireta dos profissionais.

“Temos um problema nacional em que os médicos com especialidade não querem ir para o interior. Por outro lado, no caso do atendimento via conferência, só é necessário que tenha o clinico geral do município para acompanhar o paciente enquanto o mesmo é atendido pelo especialista”, comentou Milton.

Evento reúne mais de 700 especialistas – Até a próxima terça-feira, dia 22 de novembro, o Congresso Internacional de Telemedicina e Telessaúde traz a Manaus autoridades do País e do Mundo para mesas-redondas e palestras voltadas ao tema Telessaúde. As atividades serão desenvolvidas no Tropical Hotel (avenida Coronel Teixeira, nº 1.320, Ponta Negra, zona Oeste), a partir das 9h.

O evento é promovido pelo Governo do Estado, por meio da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em parceria com o Conselho Brasileiro de Telessaúde (CBTs) e com o Ministério da Saúde. Até o encerramento, o encontro deve reunir, segundo a coordenação do evento, mais de 700 especialistas para as palestras, mesas-redondas e debates sobre a importância da tecnologia nos avanços da Telessaúde e os impactos do programa na Rede de Atenção Básica do Sistema Único de Saúde (SUS).

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