Governo do Amazonas inaugura mais um Banco de Leite
O Amazonas vai contar com mais um Banco de Leite para atender os recém-nascidos de baixo peso, internados nas unidades hospitalares da capital. A nova unidade, instalada na maternidade Azilda Marreiro, zona Norte, será inaugurada nesta quarta-feira, às 10 horas, com a presença da primeira-dama Nejmi Aziz, madrinha dos Bancos de Leite do Estado.
A expectativa é que, com a inauguração do novo Banco, a coleta e a distribuição de leite materno no Estado aumente em 30%, garantindo o atendimento total da demanda atual e a criação de um estoque estratégico, hoje inexistente.
Inicialmente o novo Banco deverá processar 50 litros de leite por mês, quantidade suficiente para atender plenamente as necessidades daquela área geográfica, onde funciona, além da maternidade Azilda Marreiro, a maternidade Nazira Daou.
As duas maternidades contam com Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e Unidade de Cuidados Intermediários (UCI), onde fica internada a maioria das crianças que precisa do suporte dos Bancos de Leite para manter a alimentação adequada. Os bebês atendidos são aqueles que apresentam prematuridade ou doença e não podem receber o leite diretamente do seio materno.
Os estoques do Banco devem ser mantidos com a colaboração voluntária das mães em fase de amamentação e que tenham leite excedente.
Com uma equipe técnica de nove pessoas, incluindo técnicos de enfermagem, enfermeiro, médico e psicólogo, o novo Banco está preparado para a triagem das candidatas à doação (avaliação de saúde da mãe e do bebê), orientação para a coleta domiciliar, recolhimento periódico do leite doado, pasteurização, análise microbiológica, armazenamento e distribuição.
Três Bancos – O Banco de Leite da Maternidade Azilda Marreiro é o terceiro do Amazonas (os três pertencem à rede estadual). O Estado já contava com o Banco de Leite do Amazonas, instalado na Maternidade Ana Braga desde 2005, e com o Banco de Leite Fesinha Anzoategui, inaugurado em 2010 no Instituto da Mulher.
As duas unidades em funcionamento coletam, em média, 150 litros de leite por mês que, depois de análise e pasteurização, são distribuídos para hospitais e maternidades da rede pública e privada. Aproximadamente 600 crianças são beneficiadas todos os meses com o leite doado voluntariamente. Para isso, cerca de 280 mães fazem doações semanais regulares. Apenas no último ano, os dois bancos contaram com a adesão de 3.145 mulheres.
Como os demais, o novo Banco de Leite funcionará com a chancela da Rede Nacional de Bancos de Leite Humano e Ministério da Saúde.
“Com o novo serviço estaremos ampliando a garantia de alimentação saudável aos prematuros e recém-nascidos acometidos por doenças”, afirma o secretário estadual da Saúde, Wilson Alecrim.
O secretário destaca que a garantia de leite humano para recém-nascidos hospitalizados faz parte da política estadual de assistência à saúde da criança. “A alimentação natural, exclusiva até o seis meses de vida, e complementada com outros alimentos até os dois anos, é comprovadamente capaz de reduzir doenças na infância e na fase adulta, e diminuir os índices de mortalidade infantil.”
Segundo o secretário as mortes neonatais (até os 28 dias) e as infantis (até 1 ano), têm queda progressiva no Estado. Dados do Ministério da Saúde mostram que entre 2006 e 2010 a mortalidade infantil caiu 15%, saindo de 18 para 15,3 mortes por 1 mil nascidos vivos. No mesmo período a mortalidade neonatal diminuiu de 10,6 para 9,4 por mil nascidos vivos.
Prevenção – De acordo com o neonatologista Jefferson Guilherme, coordenador médico dos bancos de leite estadual, crianças amamentadas com leite materno adoecem 25 vezes menos por diarréias e 14 vezes menos por pneumonias. O leite também reduz alergias e infecções e diminui os riscos de doenças como diabetes.
A nutricionista Tânia Batista afirma que o Amazonas está acima da média no item aleitamento materno. Enquanto as mães amazonenses mantêm a amamentação por 11 meses, no restante do Brasil essa média é de nove meses.
Para incentivar a doação de leite e o aleitamento materno exclusivo, o Governo do Amazonas lançou em agosto uma nova campanha de divulgação do tema. Também está incentivando a instalação de Salas de Amamentação nas empresas, com o objetivo de garantir a continuidade do aleitamento mesmo após o retorno da mãe ao trabalho.
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