Governo libera 1 milhão para controle da malária

O Governo do Amazonas vai custear as ações de intensificação para o controle e prevenção da malária na zona Oeste da capital. Recurso extra de R$ 1 milhão e 19 mil será liberado pelo Estado para garantir a execução, até dezembro, de termonebulização (fumacê), locação de veículos e barcos, e aquisição de inseticida. A verba também se destina ao reforço das atividades de busca ativa de doentes, tratamento e educação em saúde. A região concentrou 68% do total de casos registrados em Manaus, em julho deste ano.

O titular da Secretaria de Estado da Saúde, Wilson Alecrim, explica que a medida visa apoiar a Prefeitura de Manaus no combate à doença e evitar uma situação epidêmica na capital. “O controle de endemias é uma responsabilidade municipal, mas o Estado atua como parceiro, quando necessário, a exemplo do que ocorreu com a dengue no primeiro semestre deste ano”. A liberação do recurso extra está sendo feita por meio de aditivo ao convênio já existente.

Segundo o secretário, o crescimento de casos acima do esperado foi identificado pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), através de monitoramento estratificado por bairro. Com o sinal de alerta para a zona Oeste, foram definidas em parceria com a Prefeitura as ações necessária para conter o avanço.

Alecrim destaca que a situação exige maior atenção porque naturalmente a doença aumenta a partir do meio do ano em razão da vazante dos rios e do aumento da temperatura, que facilitam a proliferação do mosquito vetor. Do total de casos de janeiro a julho, 40% foram registrados apenas entre junho e julho.

“É uma situação pontual”, avalia o secretário. De acordo com dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica (Sivep) do Ministério da Saúde, entre janeiro e julho deste ano houve redução de 30% nos casos de malária registrados em Manaus. Em todo o Amazonas, a diminuição foi de 35%. No período foram notificados 31.344 casos no Estado, dos quais 7.622 na capital.

Desde 2007, o Amazonas conta com o Plano Plurianual de Controle da Malária. No documento, revisado anualmente, estão as principais diretrizes para o controle da endemia e as metas anuais de redução. Em função do plano, o Estado conseguiu reduzir o número de casos da doença em aproximadamente 60% nos últimos cinco anos.

“Estamos em um processo contínuo de redução, por isso qualquer situação considerada fora do esperado, precisa de intervenção imediata”, diz Wilson Alecrim.

O secretário explica que a mobilidade das pessoas com malária entre as diversas zonas geográficas das cidades e entre os municípios facilita a expansão da doença. “O mosquito vetor se infecta e passa o plasmodium para outra pessoa, num ciclo de proliferação perigoso”.

Além do suporte financeiro, o Governo do Estado disponibiliza agentes de endemias da FVS para realização das ações de campo do programa de malária da Prefeitura, e mantém equipe técnica para acompanhar a execução das ações permanentes de controle.

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