Caps Iranduba promove participação social

Os usuários do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Iranduba iniciaram nesta segunda-feira (04) os ensaios técnicos para o desfile cívico, que acontece em setembro em comemoração à Semana da Pátria. Os usuários do Caps irão integrar a tradicional Fanfarra do Município, formada por estudantes das rede estadual e municipal de educação.

Foram disponibilizadas 30 vagas para os usuários do Caps, que durante o desfile irão tocar caixinha, um instrumento de percussão e de fácil manuseio. Um integrante da fanfarra será o responsável por treinar o grupo, que irá ensaiar durante dois meses, três vezes por semana. “Nós começamos com bastante antecedência, para que eles adquiram segurança e façam bonito durante o desfile”, explica a diretora da unidade, Iraci Pizzello.

Ela conta que os ensaios funcionam como oficinas terapêuticas para os pacientes e que eles se sentem valorizados com este tipo de atividade. “A participação dos usuários do Caps no desfile cívico faz parte de uma série de atividades desenvolvidas pela unidade com o objetivo de promover a inserção social dos pacientes. É uma forma de mostrar a eles que fazem parte de uma comunidade e também de mostrar para a comunidade que são capazes de desenvolver diversas atividades”, destaca a diretora.

Segundo a diretora, no ano passado os usuários foram ao desfile apenas como espectadores. “Foi um momento de muita descontração para eles, que vibravam com os estudantes e nós percebemos que eles gostariam de fazer parte daquele espetáculo e estamos proporcionando isso a eles esse ano”.

Atividades

O Caps Iranduba foi inaugurado em maio de 2009 e conta hoje com um total de 540 usuários cadastrados. São portadores de transtornos mentais que fazem acompanhamento com uma equipe multidisciplinar responsável por desenvolver atividades terapêuticas voltadas para melhor qualidade de vida dessas pessoas.

Entre as atividades oferecidas estão a caminhada matinal, pelas ruas da cidade com a prática de outras atividades físicas associada, a roda de conversa comunitária, onde os pacientes e familiares podem expressar seus sentimentos e preocupações e trocar experiências e, ainda, as oficinas de artesanato, com atividades artísticas e educativas, e o momento da leitura, quando são lidas histórias clássicas e discussão do conteúdo.

A diretora destaca que o Centro também realiza atividades pontuais, como festas tradicionais, e que lá foi foi realizado o primeiro casamento entre pacientes do Brasil. O casal se conheceu na unidade e casou em cerimônia organizada pelo Caps, com apoio das famílias. “O acolhimento aos que têm sofrimento mental e o acompanhamento das suas atividades sociais fazem parte das estratégias de trabalho do Caps para promover a manutenção ou a reinserção social, uma etapa importante no tratamento”, explica.

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Andréa Arruda
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