Doação de órgãos é tema de disciplina para universitários

A doação e o transplante de órgãos agora são tema de disciplina optativa oferecida pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA) aos estudantes da área de saúde. A inclusão do tema no currículo faz parte das ações estratégicas da Coordenação Estadual de Transplantes para escalrecer e sensibilizar profissionais e comunidade sobre o assunto. A UEA é a primeira universidade do país a criar uma disciplina deste tipo, fruto de parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (Susam).

De acordo com a oftalmologista Cristina Garrido, diretora do Banco de Olhos do Amazonas e professora da UEA, a disseminação de informações e a compreensão dos processos de doação e transplante são os mais importantes aliados no trabalho de captação de órgãos. “Este é um trabalho que requer, por um lado, o envolvimento de profissionais que entendem os aspectos técnicos e humanos da doação/transplante, e de outro, de pessoas esclarecidas e preparadas para doar e para autorizar a doação de familiares”.

No Amazonas já feitos os tranplantes de rim entre pessoas vivas e os transplantes de córnea. Todos os pacientes renais que têm doadores compatíveis fazem o procedimento no próprio Estado. Até o momento aproximadamente 200 transplantes foram realizados em pacientes do SUS. Em relação a córneas, desde a criação do Banco de Olhos, em 2004, foram feitos quase 900 transplantes em adultos e crianças. “A capacidade do Banco é muito maior e mais transplantes podem ser feitos desde que hajam doadores”, avalia a coordenadora estadual de trasnplantes, Leny Passos. Segundo ela, a Susam vem trabalhando diversas estratégias de esclarecimento da população, mas a cultura da doação leva tempo para ser sedimentada.

A corodenadora adianta que novas ações serão realizadas no segundo semestre deste ano, quando o Governo do Estado implantará a captação de rim a partir de doador falecido. “A medida vai ampliar a capacidade de atendimento dos portadores de doenças renais crônicas e graves, que até o momento tinham como opção o transplante com órgão doado por familiar compatível ou o atendimento em outros estados. Segundo Leny Passos, a estrutura necessária ao procedimento está em fase final de conclusão.

Além dos transplantes renais e de córnea, o Estado está sendo preparado para a captação de múltiplos órgãos e, futuramente, para os transplants de fígado e coração. “Os processos são complexos e exigem capacitação profissional, por isso o trabalho com os estudantes universitários é importante para despertar o interesse deles pela área de transplantes e para que possam somar, inclusive, como cidadãos”.

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Andréa Arruda/Francismar Lopes