Maternidades mudam modelo de atendimento a gestantes
As matenidades estaduais Ana Braga, na zona Leste, e Balbina Mestrinho, na zona Sul, unidades de referência para gestantes com gravidez de alto risco no Amazonas, mudam, a partir desta segunda-feira (2) o protocolo de atendimento. A mudança visa oferecer assitência mais ágil e acompanhamento multiprofissional das mulheres grávidas desde a recepção até o momento do parto. O novo modelo é baseado no Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR), já adotado por maternidades de referência nacional.
Com a mudança, a principal novidade nas duas maternidades será o o atendimento por ordem de prioridade e não mais por ordem de chegada. Ao dar entrada na unidade, a grávida será acolhida por uma equipe de enfermagem, que fará a avaliação do seu estado de saúde e o encaminhamento para atendimento médico de forma imediata ou entre 10 e 120 minutos, dependendo do nível de urgência do caso.
A coordenadora do Programa de Saúde da Mulher da Secretaria de Estado da Saúde (Susam), Sandra Cavalcante, explica que são quatro os níveis de prioridade, cada um identificado por uma cor. As grávidas, que depois de acolhidas pela enfermagem, tiverem necessidade de atendimento de emergência receberão a cor vermelha e terão assistência imediata. O segundo grupo de prioridade é classificado como muito urgente”e identificado pela cor laranja, que indica atendimento em até 10 minutos. Na sequeência de prioridades, vem a cor amarela (atendimento em 30 minutos), verde (120 minutos) e azul, classificação que indica que não há urgência no atendimento.
Para implantar o modelo, as maternidades promoveram, com o apoio do Ministério da Saúde, capacitação para todos os servidores, inclusive recepcionistas, seguranças e equipes de manutenção e limpeza. Os ambientes também foram adaptados para o sistema de acolhimento.
O secretário Wilson Alecrim explica que implantação do sistema de Acolhimento com Classificação de Risco faz parte da política de humanização na saúde, definida pelo Governo do Amazonas como prioridade. “A identificação dos atendimentos prioritárias garante melhor assistência, reduz riscos de complicações antes e depois do parto e oferce mais conforto para as mulheres”, garante. Ainda em 2010 as outras maternidades estaduais instaladas na capital – Azilda Marreiro, Nazira Daou, Alvorada e Instituto da Mulher Dona Lindu – serão preparadas para adotar o novo sistema de atendimento. “Começamos pelas maternidades que são referência para o alto risco porque nestas a identificação de prioridades é ainda mais importante, em função da gravidade dos casos, mas toda a rede passará a atender com esta nova lógica”.
Segundo Alecrim, além dos benefícios relacionados ao fluxo de atendimento, o modelo deverá gerar melhoria nas taxas de mortalidade materna e neonatal, complementando ações já desenvolvidas pelas maternidades estaduais, como o programa de incentivo ao aleitamento materno exclusivo, além do suporte ao parto humanizado e a assistência a mães e recém-nascidos que precisam de cuidados intensivos.
De acordo com dados da Susam, o Amazonas vem mantendo reduções de aproximadamente 4% ao ano nas taxas de mortalidade infantil e fortaleceu as metodologias de acompanhamento das mulheres após o parto e da verificação de óbitos maternos, visando a redução de mortes por gravidez, aborto ou parto.
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Andréa Arruda
Francismar Lopes