Programa vai reforçar ações para reduzir mortes na infância

Visando fortalecer ações simples que garantem maior qualidade de vida, com menos doenças e mortes na infância, a Secretaria de Estado da Saúde (Susam) está implantando o Programa de Educação Continuada em Saúde da Criança (Pesc). O programa é voltado para atualizar os profissionais dos 61 municípios do interior, em especial as equipes de Saúde da Família, sobre as rotinas de assistência desde o nascimento, incluindo aleitamento, vacinação e tratamento das doenças mais prevalentes nos primeiros anos de vida

De acordo com a responsável pela Área Técnica de Saúde da Criança da Susam, Katherine Benevides, o programa deve garantir melhor execução das ações de atenção básica e, com isso, contribuir com a redução dos índices de mortalidade infantil no Amazonas. “Este é o mais importante indicador da qualidade de vida”, diz.

Segundo ela, medidas muito simples podem impedir que crianças adoeçam e morram. Estima-se, por exemplo, que o aleitamento materno exclusivo até os seis meses é capaz de evitar 13% das mortes na primeira infância em todo o mundo, e que a amamentação na primeira hora após o nascimento evite a morte de 7 mil crianças no primeiro ano de vida. Ao mesmo tempo, a aplicação de vacinas, oferecidas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde, garantem prevenção a dezenas de doenças incapacitantes e letais. “Nestas pequenas preocupações está a semente da qualidade de vida”, alerta.

De acordo com Katherine, o Estado vem mantendo uma queda anual de cerca de 4% nas mortes de crianças menores de 1 ano e também vêm aumentando a prevalência do aleitamento materno. Entre 1999 e 2008 a amamentação exclusiva até os quatro meses de idade aumentou 28%. “Esses avanços estão relacionados também à atuação dos profissionais de saúde, que ampliaram as ações de informação e acompanhamento das gestantes e mães”, avalia.

Informação à Distância – Katherine explica que com o Programa de Educação Continuada em Saúde da Criança médicos, enfermeiros, assistentes, coordenadores de atenção básica e diretores de unidades de saúde serão treinados ao longo do ano para colocar em prática todas as medidas essenciais relacionadas à assistência materno-infantil, beneficiando as populações que vivem nas áreas urbanas e rurais do interior.

As informações serão oferecidas em módulos com duração de quatro a 20 horas, serão transmitidos via teleconferência, permitindo a adesão até mesmo dos municípios mais distantes da capital. “O uso da teleconferência é o principal diferencial do programa. Atualizações já eram feitas, mas agora atingiremos todos ao mesmo tempo e sem a necessidade de deslocamentos”. A participação no Programa é voluntária.

O sistema já foi testado em uma edição piloto, no início deste mês. A partir de abril, a capacitação deve estar disponível para todo o interior. Os temas trabalhados incluirão pré-natal, aleitamento materno, saúde bucal, vacinação, doenças prevalentes na infância, assistência ao portadores de deficiências, acompanhamento do desenvolvimento infantil, alimentação e nutrição, dentre outros. “Os assuntos são básicos, mas essenciais à assistência”, lembra a coordenadora do Pesc, Tânia Batista. Segundo ela, atualizações permanentes são necessárias inclusive pela rotatividade dos profissionais. Tânia também destaca que os municípios são responsáveis pela execução das ações básicas de saúde e que o Programa está sendo realizado como apoio a essas ações.

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Andréa Arruda