Governo e Prefeitura criam Comitê de Crise para dengue
Foi instalado na manhã desta segunda-feira (14) o Comitê de Crise para Prevenção e Controle da Dengue. O grupo é formado 35 por representantes do Governo do Estado e Prefeitura de Manaus, das áreas de saúde, meio ambiente, limpeza, infraestrutura e educação, além das Forças Armadas, Ministério da Saúde, Sindicatos e Conselhos de saúde. De acordo com o secretário Wilson Alecrim, o objetivo do Comitê é avaliar periodicamente a situação da dengue no Estado e estabelecer medidas de enfrentamento à doença.
O Comitê foi criado por Portaria conjunta das Secretarias de Estado da saúde (Susam) e do município (Semsa Manaus), publicada no Diário Oficial do Estado no último dia 4. “Entendemos que os comitês funcionam muito bem, especialmente em situações que exigem rápida atuação para conter ou evitar crises provocadas por desastres naturais e por outras questões que atingem diretamente a população”, explica Alecrim.
Na reunião de instalação do Comitê, realizada na sede da Susam, o secretário fez um histórico dos casos de dengue e dos índices de infestação pelo Aedes Aegypti a partir de setembro de 2010 e expôs os números atualizados do Amazonas, onde até o momento foram notificados 6.491 casos da doença, dos quais 1.847 confirmados. Em Manaus foram notificados 4.115 casos e confirmados 1.684.
Wilson Alecrim informou que o foco de atuação do poder público é, no momento, o reforço à assistência mas, principalmente, a redução da população de mosquitos. Segundo ele, se há muitos mosquitos transmissores, haverá muitos casos de dengue. “Neste sentido, mais do que pedir a colaboração, apelamos para os órgãos representados neste Comitê que atuem fortemente e sensibilizem a população para que faça o mesmo”.
Alecrim destacou o aumento dos números identificados pelo Levantamento de Índice Rápido de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) nos municípios onde o Governo do Estado decretou situação de emergência em razão da dengue. Os municípios são Manaus, Barcelos, Coari, Codajás, Humaitá, Itacoatiara, Lábrea, Nova Olinda do Norte e Tefé. “Nesses municípios a quantidade de mosquitos cresceu significativamente a partir do final do ano passado, chegando atualmente a índices superiores a 4%, o que indica alto risco de epidemia”. Segundo ele, alguns municípios, incluindo Manaus, começaram a trabalhar para evitar a dengue ainda em dezembro. “No entanto, as medidas não foram capazes, até o momento, de gerar os resultados necessários”.
Ele ressaltou os indicadores que levaram o Estado à condição de alto risco para dengue, o que inclui quantidade de vetores, número de doentes, circulação de quatro sorotipos, ausência de epidemias recentes e grande mobilidade populacional. “Esses fatores associados geraram um quadro desfavorável, mas o trabalho será incessante para reverter a situação e evitar que a situação seja mais grave”.
Plano – Wilson Alecrim informou que os planos municipais elaborados pelos nove municípios em situação de emergência em função da dengue foram concluídos no último domingo e estão sendo revisados. A primeira versão já foi apresentada ao governador Omar Aziz e ainda nesta terça-feira os planos serão enviados ao ministro Alexandre Padilha.
O secretário adianta que, em linhas gerais, serão executadas estratégias de controle nas áreas de vigilância epidemiológica, atenção ao paciente, controle do mosquito, mobilização social, notificação de casos, capacitação de pessoal, interação institucional e coleta de lixo. Os recursos necessários também estão em fase de consolidação.
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Andréa Arruda
Francismar Lopes