Saúde avança em 2010 e prioriza humanização em 2011

Ampliação da rede de saúde na capital e no interior, aumento de leitos de suporte intensivo, manutenção do Estado como o que mais investe em saúde em todo o país e queda nos índices de mortalidade infantil são alguns dos itens relacionados pelo secretário Wilson Alecrim como avanços importantes do Governo do Estado na área de Saúde, neste ano. Entre as prioridades para 2011 ele aponta o reforço à humanização do atendimento, a implantação do Cartão Saúde, a ampliação do serviço de transplante e o crescimento das ações de média complexidade no interior do Estado.

Wilson Alecrim, destaca que em 2010 o Governo investiu na melhoria da infraestrutura da rede de serviços e que agora o foco será a humanização do atendimento. “O governador Omar Aziz determinou que a Saúde ofereça o melhor assistência possível, em todos os nives de complexidade, e faz parte deste processo o acolhimento, a informação, a competência e a simpatia dos nossos profissionais”. Segundo o secretário as recepções serão gerenciadas. A sinalização interna será revista e adequada para facilitar a circulação e o tempo atendimento será controlado e analisado periodicamente.

Na área materno-infantil, Wilson Alecrim aponta que o Estado vêm reduzindo os coeficientes de mortalidade infantil de forma significativa nos últimos anos. Atualmente esse índice é de 16,5 por 1 mil nascidos vivos, considerado baixo na classificação do Ministério da Saúde. Para alcançar esses resultados, Alecrim diz que uma série de medidas vem sendo implantadas nos últimos anos. Entre as mais recentes ele cita o Instituto da Criança do Amazonas (Icam), referência em cirurgias neonatais, que teve sua estrutura totalmente renovada, e a revitalização dos Centros de Atenção Integral à Criança (Caics), que fazem o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento desde o nascimento do bebê até os 14 anos de idade.

O Estado possui uma rede de proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno, premiada nacionalmente e criou uma rede de unidades específicas, com sete maternidades; o Instituto da Mulher Dona Lindu, um misto de hospital maternidade, voltado ao atendimento exclusivo das mulheres com problemas ginecológicos; o Instituto da Criança do Amazonas (Icam), referência em cirurgias neonatais, que teve sua estrutura totalmente renovada e 12 Centros de Atenção Integral à Criança (Caics), todos revitalizados recentemente, que fazem o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento desde o nascimento do bebê até os 14 anos de idade.

Outro ponto de destaque nesta área, de acordo com o Alecrim, foi a criação de um banco de dados estadual para o cadastramento de parteiras tradicionais, e a instalação de um centro colaborador para capacitação. “Cadastramos 800 parteiras que têm papel fundamental na realização de partos, uma tradição no interior do Amazônia, e criamos as condições para que o trabalho delas seja feito com segurança”.

Interior – No interior do Estado, o secretário destaca, além da criação do serviço inédito de UCIs e a continuidade da reestruturação da rede de hospitais, a realização de diversos mutirões de cirurgias. “Só neste ano, nossas equipes médicas visitaram 44 municípios, onde 2,6 mil pessoas puderam ser operadas sem necessidade de deslocamento para a capital”. Além das cirurgias, os mutirões foram responsáveis por 12 mil consultas especializadas. “Esta é uma estratégia do Governo do Estado para tornar mais rápida a assistência no interior e evitar os custos sociais e financeiros da remoção de pacientes para Manaus, como acontecia antes”. A prestação deste serviço vai continuar no próximo ano. “A previsão é realizarmos mais 2,5 mil cirurgias de catarata nos 61 municípios”.

Novos hospitais devem ser construídos no interior no ano que vem. O planejamento inclui os municípios de São Paulo de Olivença, Pauini, Envira, Borba, Humaitá, Anori, Silves, Tabatinga e comunidade de Santo Antônio do Matupi, em Manicoré. Além desses, devem ser reformados os hospitais de Juruá, Maraã, Itamarati, Anamã, Caapiranga, Manacapuru e Manaquiri.

Também é meta do governador Omar Aziz é iniciar o processo de co-financiamento das ações de saúde, especialmente para permitir a ampliação do serviço de prevenção de doenças, com educação em saúde, vacinação, combate à malária, dengue e tuberculose. “Estamos estudando o perfil e as necessidades de cada município para definir os recursos e as metas de contrapartida”, explica o secretário.

Com o objetivo de viabilizar o acesso on line aos dados e histórico de saúde dos usuários do sistema público de saúde, o Governo deve iniciar em 2011 a implantação do Cartão Magnético, contemplando todos os municípios do interior e a capital.

Transplantes – De acordo com o secretário Wilson Alecrim o Amazonas está em processo de treinamento de profissionais da saúde e instalação de infraestrutura necessária para o início dos transplantes de órgãos a partir de doador cadáver. “Estamos capacitando equipes com a meta de iniciar os transplantes de fígado, que são prioritários para a região em função da alta incidência de doenças hepáticas graves. A meta seguinte é o transplante de coração”, informa.

De acordo com o Relatório de Evolução Anual dos Transplantes no Amazonas, já foram realizado no Estado 551 transplantes de córnea desde a criação do Banco de Olhos, em funcionamento na Fundação Hospital Adriano Jorge. O total de transplantes de rim realizados foi de 166.

O secretário ressalta que o Amazonas se mantém como o estado brasileiro que mais investe, proprocionalmente, recursos próprios em saúde. Até setembro deste ano, foram aplicados no setor 1,5 bilhão de reais, dos quais 1,1 bilhão proveniente do tesouro estadual. Nos últimos anos a aplicação na saúde tem sido sempre superior a 20% do orçamento próprio, representando quase o dobro dos 12% exigidos por Lei.

Rede – Atualmente a rede estadual de saúde conta com 54 unidades na capital, além de cinco Farmácias Populares que oferecem medicamentos essenciais a preço de custo, e unidades de serviços complementares, como o Laboratório Central. No interior, o Estado mantém 64 hospitais e o Laboratório de Fronteira de Tabatinga.

Somente neste ano, 12 unidades de saúde, incluindo pronto-socorros e hospitais, foram construídas, reformadas ou ampliadas pelo Governo do Estado na capital. No interior nove hospitais foram construídos ou reformados, passando a oferecer serviços de urgência, maternidade e internação, com o suporte de exames laboratoriais e por imagem.

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