Susam reune-se com técnicos de enfermagem do João Lúcio

A Secretaria de Estado da Saúde (Susam), juntamente com o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE) e Conselho Regional de Enfermagem (Coren/AM), reuniu-se durante a manhã de hoje com uma comissão de técnicos de enfermagem do Pronto Socorro João Lúcio, para ouvir as reivindicações da categoria que, havia decidido, uniliteralmente, paralisar suas atividades nas áreas de Emergência Cirúrgica, Politrauma e Clínica Médica.

Em função da ilegalidade do ato – os funcionários atuam no setor de urgência sendo proibida por lei a paralisação por qualquer motivo – as instituições reunidas, solicitaram que o grupo de manifestantes retornassem aos postos de trabalho, o que ocorreu no decorrer da reunião.

Em resposta à reivindicação dos trabalhadores por menor carga de trabalho, o diretor clínico do João Lúcio, Alexandre Bichara, esclareceu que os plantões são os regulamentares – com duração de 12 horas e descansos correspondentes – e que o aumento de trabalho ocasionado por sobrecargas sazonais no pronto socorro é reconhecido pela unidade e pela Susam, que já trabalham para solucionar a questão.

De acordo com a secretária executiva adjunta da Capital, Sandra Lima Braga, a Secretaria avalia a possibilidade de aumentar o quadro de recursos humanos do João Lúcio, mas isso só será definido após a conclusão de estudos que levam em conta desde o funcionamento do sistema básico de saúde até excessivas faltas e licenças de servidores. O estudo inclui ainda tempo médio de internação, perfil dos usuários e capacidade de atendimento. “Estamos trabalhando para redefinir os quadros de recursos humanos e dar a máxima eficiência e a melhor qualidade de atendimento possível nas nossas unidades”, disse a secretária.

O promotor de Justiça Mirtil Fernandes informou que a questão de pessoal técnico no João Lúcio já vinha sendo tratada entre Susam, Ministério Público do Amazonas e Conselho Regional de Enfermagem, e solicitou que os técnicos de enfermagem mantivessem o compromisso com o atendimento aos usuários. “As necessidades estão sendo vistas, mas as mudanças não acontecem da noite para o dia”. Ao lado da presidente do Coren/Am em exercício, Maria do Socorro Cunha, o promotor orientou os servidores a manter aberto o diálogo com a direção da unidade de saúde e alertou para as penalidades em caso de paralisação de serviços essenciais

O Pronto Socorro João Lúcio é um dos três prontos-socorros de alta complexidade da rede estadual de saúde que, conta ainda, com três prontos-socorros infantis e mais nove Serviços de Pronto Atendimento (SPAs), onde são resolvidas urgências de baixa e média complexidade. Mensalmente, essas unidades atendem, em média, 240 mil pessoas.

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Andréa Arruda
Francismar Lopes

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