Militares farão visitas para controle da dengue

Militares do Exército, Marinha, Aeronáutica e Corpo de Bombeiros estarão, a partir desta segunda-feira (26), realizando ações de campo para a prevenção da dengue. A atuação dos militares faz parte da segunda fase da Operação Impacto para o controle da doença, desenvolvida de forma integrada pelo Governo do Estado e Prefeitura de Manaus, com apoio das Forças Armadas e dos setores da indústria, comércio e construção civil. Os 265 militares, já treinados pela Secretaria de Estado da Saúde (Susam), farão visitas casa a casa em 31 extratos (bairros e conjunto de bairros) identificados como área de risco de transmissão da doença. As visitas têm o objetivo de eliminar criadouros do Aedes aegypti.

Além dos que atuarão nos bairros, outros 900 militares do Exército darão apoio logístico à Operação Impacto. A atuação do exército será nas zonas Leste e Oeste. A Marinha atuará na zona Sul e a zona Norte terá a cobertura da Aeronáutica e do Corpo de Bombeiros. O trabalho também contará com 140 agentes de endemias da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS). Os detalhes da ação de campo foram apresentados à Imprensa nesta sexta-feira, durante entrevista coletiva concedida pelos representantes das Forças Armadas e da Susam.

O general Marco Aurélio Costa Vieira, comandante da 12ª Região Militar, coordenadora das ações militares na Operação, disse que a participação do Exército no controle da dengue está consolidada, uma vez que a parceria com o Estado vem sendo repetida ao longo dos últimos anos. O general destacou que os militares esperam o apoio da população para que o trabalho possa ser realizado com sucesso. “Os moradores devem se sentir seguros e abrir suas casas para as visitas de inspeção”.

Segundo o secretário estadual de Saúde, Agnaldo Costa, o cenário da dengue este ano é diferente do ano passado, quando em janeiro já haviam sido confirmados mais de 1 mil casos da doença na capital. “Este ano temos menos de 20 casos, o que demonstra que o trabalho intenso desenvolvido ao logo de 2008 foi eficaz e nos coloca em situação mais tranqüila, embora não possamos relaxar no controle da doença”. Ele disse que quanto menor o número de pessoas doentes, mais exposta fica a população já que a “vacina” é o contato com o vírus.

Manaus, segundo o secretário, é a única capital onde não ocorreu epidemia de dengue pelo vírus 3. “Ainda corremos esse risco, além de estarmos próximos da Venezuela, onda já circula o tipo 4”.

Todos os bairros de Manaus são alvo dos trabalhos de prevenção, embora a preocupação maior seja com os bairros que apresentaram índice de infestação predial superior a 3% (três imóveis com criadouro de dengue em 100 imóveis visitados). Dos 55 extratos mapeados pela FVS na capital, 54 apresentam criadouros de dengue acima de 1%, o que indica possibilidade de transmissão. A situação mais grave foi encontrada na Cidade Nova (Nossa Senhora de Fátima I, Núcleo 23 e Amazonino Mendes I e II) e na Colônia Antônio Aleixo, onde os índices são maiores que 8%.

Os recipientes predominantes nos bairros que apresentam risco de infestação são os de armazenamento doméstico de água como tonéis, tambores, barris, filtros e potes e o lixo doméstico, composto por garrafas, plásticos e latas, além de sucatas e entulhos de construção.

Mobilização, limpeza e fumacê

Além das visitas que os militares farão para identificar e eliminar criadouros da dengue nas residências e pontos comerciais, agentes municipais e da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) farão o fumacê (aplicação espacial de inseticida), para reduzir a quantidade de mosquitos adultos. O fumacê será aplicado nas mesmas áreas onde serão promovidos mutirões de limpeza para eliminar lixo e depósitos onde o mosquito pode se reproduzir. Ao mesmo tempo as famílias receberão visitas de servidores do município e do Estado, que ensinarão as formas de prevenção à dengue e entregarão material informativo. A ação também será feita em associações de bairros, órgãos da indústria e do comércio, e nas escolas, onde estarão envolvidas as Secretarias municipal e estadual de Educação, além da rede particular de ensino.

Também já estão integradas na ação de educação e controle da dengue as construtoras. Por meio de parceria com o Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscon), os trabalhadores estão sendo treinados para realizar a inspeção nos canteiros de obra.

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