Amazonas reduz mortalidade infantil

O Amazonas registrou, em 2007, redução de 26% na taxa de mortalidade infantil (crianças menores de 1 ano de vida) em relação a 2003, ano de referência para avaliação das metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, reunidos pela ONU. No ano passado ocorreram, no Estado, 16,2 mortes de crianças de até 1 ano por mil nascidos vivos, enquanto em 2003 foram 21,5. As taxas de mortalidade materna (por gravidez, aborto ou parto) e neonatal (até os 28 dias de vida) também sofreram queda neste período, garantindo a superação da primeira meta, que era reduzir as três taxas em 15% até 2006.

A mortalidade materna caiu de 86,2 mortes por 100 mil nascidos vivos, registrada em 2003 para 66,1 em 2007. Em relação à morte de bebês de até 28 dias de vida, a queda foi de 12,6 para 9,9 óbitos por cada grupo de mil nascidos vivos.

O desafio, agora, segundo a responsável pela Área Técnica de Saúde da Criança da Susam, Katherine Benevides, é chegar à redução de 75% das taxas de mortalidade até 2015. “Para isso, o Estado está promovendo ações focadas, principalmente, no incentivo ao aleitamento materno, considerado um dos maiores aliados da qualidade de vida”. Segundo Katherine, os municípios estão sendo orientados a intensificar a qualificação dos profissionais de saúde e promover amplo esclarecimento da população sobre a importância da amamentação.

Outros fatores de impacto, apontados pela Susam, para a redução das taxas de mortalidade infantil e neonatal, são a melhoria da estrutura de assistência materno-infantil e a ampliação das equipes da Estratégia Saúde da Família e Agentes Comunitários de Saúde. Katherine Benevides destaca que nos últimos anos houve maior e melhor oferta de serviços a mulheres grávidas e aos recém-nascidos, incluindo ampliação de leitos, criação de UTIs pediátricas e maternas nas maternidades, atendimento humanizado e acompanhamento do desenvolvimento de bebês durante os primeiros 12 meses.

O Estado também inaugurou o Banco de Leite Humano e atualmente 100% das maternidades estaduais na capital fazem o teste do pezinho, incentivam o aleitamento materno e têm o título de Hospital Amigo da Criança.

Katherine destaca que a melhoria nas taxas de mortalidade depende não só do Estado, responsável pela oferta de serviços de média e alta complexidade, mas também de todas as prefeituras que devem realizar atenção básica, o que significa principalmente o pré-natal, educação em saúde e prevenção. O pré-natal nas unidades básicas, com consultas regulares, é uma das ações definidas como imprescindíveis. Estudos nacionais mostram que quanto maior o número de consultas, menor a taxa de mortalidade neonatal.

No interior do Estado a atenção ao parto também foi ampliada, com a inauguração de mais de 20 hospitais com atendimento de referência materno-infantil, onde há incubadoras e berços aquecidos.
Queda nas Taxas de Mortalidade
Amazonas/2003 Amazonas/2007 Redução
Materna (gravidez, parto ou aborto) – por 100 mil nascidos vivos 86,2 66,1 23,3%
Neonatal (até os 27 dias de vida) – por 1 mil nascidos vivos 12,6 9,9 21,4%
Infantil (menos de 1 ano) – por 1 mil nascidos vivos 21,5 15,8 26,5%
Fonte: Ministério da Saúde e Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas

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