Malária cai 32% no Amazonas

Dados do Sistema de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde mostram que no Amazonas, entre janeiro e setembro desde ano, houve redução de 53 mil casos de malária, em comparação com o mesmo período do ano passado. O Estado foi o que mais reduziu a doença em números absolutos no país. Em percentuais a redução foi de 32,2%. De acordo com a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), na capital a doença caiu pela metade.

O diretor presidente da FVS, Evandro Melo, afirma que estes resultados estão associados principalmente à sustentabilidade das ações de controle do mosquito transmissor, de proteção às famílias expostas ao risco de contaminação e à ampliação do acesso precoce ao diagnóstico e ao tratamento.

Até o final deste ano, mais 200 laboratórios para o diagnóstico de malária no Amazonas devem ser implantados pela FVS, em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde. As unidades irão funcionar em áreas rurais, áreas indígenas e assentamentos, localizadas no interior do Estado e poderão realizar o exame em apenas 30 minutos. Do total de laboratórios, 146 serão instalados em áreas ribeirinhas, 56 em áreas indígenas distribuídas em 14 municípios e seis em assentamentos, localizados nos municípios de Lábrea e Itacoatiara.

Também começaram a ser distribuídos para comunidades-piloto mosquiteiros impregnados com inseticida – até o final de 2009, a meta é distribuir 300 mil mosquiteiros – e as populações mais vulneráveis estão sendo apoiadas na instalação de telas em portas e janelas. “Estamos desenvolvendo medidas de prevenção e controle de forma integrada”, explica Evandro Melo.

Segundo o diretor, as ações fazem parte do Plano Plurianual de Controle da Malária, cuja meta é reduzir a doença em 70% até 2010. O ano de referência para o acompanhamento das metas é 2006, quando foram registrados 200 mil casos no Amazonas. “Estamos cumprindo a meta para este ano, que é não ultrapassar os 140 mil casos”, explica.

De acordo com o Ministério da Saúde, em toda a Amazônia Legal, onde estão 99% dos casos de malária do país, também houve redução na ocorrência das formas mais graves da doença (50,3%) e no número de internações (43,9%). No Amazonas, levantamento da FVS mostra que também as mortes por complicações da doença caíram de 0,016% em 2001 para apenas 0,005% este ano.

Evandro Melo informa que apesar da redução global da malária, em alguns municípios as reduções foram pouco significativas ou houve incremento no número de casos. “Já redefinimos medidas de controle específicas para estes municípios”. A maior parte dos casos da doença está concentrada na capital e nos municípios do entorno (39%). Em seguida, por calha de rio, os municípios mais atingidos são os do Médio Solimões (16%), Rio Madeira (12%), Rio Negro (10%), Rio Purus (7%), Juruá e Jutaí (6%), Baixo Amazonas (5%), alto Solimões (4%) e Japurá (1%).

De janeiro a setembro deste ano foram registrados em todo o Amazonas 124 mil casos de malária. Destes, 18 mil foram notificados em Manaus, onde as áreas de maior risco estão nas zonas Leste e Oeste.

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