FVS conclui levantamento de risco para dengue
A Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) concluiu o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre 13 e 30 de outubro em Manaus e identificou que oito dos 55 estratos (bairros e localidades) mapeados na capital apresentam alto risco de contaminação por dengue.
Os bairros têm índice de infestação predial (imóveis onde foram encontrados depósitos com condições propícias ao desenvolvimento das larvas do mosquito) superior a 5%. Destes, quatro estratos são da zona Leste (São José I e II, São José III e Jorge Teixeira I e II e Jorge Teixeira IV; dois estão na zona Norte (Colônia Santo Antônio e Novo Israel); um estrato está na zona Centro-Sul (Aleixo e Adrianópolis) e o outro na zona Sul (Morro da Liberdade, São Lázaro e Betânia).
Outros 35 estratos do total analisado também apresentam risco, embora o índice de infestação seja menor – superior a 1% e menor que 5%. Em 13 localidades, o risco é muito baixo.
Os recipientes predominantes nos bairros que apresentam risco de infestação são os de armazenamento doméstico como tonéis, tambores, barris, filtros e potes e o lixo doméstico, composto por garrafas, plásticos e latas, além de sucatas e entulhos de construção.
De acordo com o diretor técnico da FVS, Bernardino Albuquerque, o levantamento servirá de base para a definição das prioridades no combate à dengue em Manaus, onde concentram-se mais de 90% do total de casos registrados no Estado.
As ações devem ser intensificadas em dezembro, para que a população esteja alerta e atuante no período em que as chuvas começarem a diminuir. É neste período que os mosquitos se desenvolvem e que aumentam as chances de transmissão da doença.
As ações do Estado para o próximo período de risco serão consolidadas no novo Plano Operação Impacto contra a Dengue, que deve ser divulgado na próxima semana. Será o segundo lançado pelo Amazonas, com o objetivo de reunir as ações previstas para o poder público (Governo e Prefeitura), Forças Armadas e população.
Bernardino Albuquerque destaca que o Amazonas está entre os estados que, há quatro anos, vêm sendo classificados pelo Ministério da Saúde como de risco para uma epidemia de dengue. “Temos os três sorotipos circulando e na Venezuela, pra onde temos grande fluxo de pessoas a partir do Amazonas e de Roraima, já há o tipo 4”.
O diretor explica que a introdução de um novo sorotipo da dengue deixa toda a população vulnerável, uma vez que não há vacina para a doença e que a imunidade só é adquirida a partir do contato da pessoa com o vírus. “A principal medida de controle é evitar a proliferação dos mosquitos, eliminando criadouros, e por isso a mobilização da população é fundamental”.
No primeiro semestre deste ano, com o objetivo de conter uma epidemia, o Governo do Estado lançou o primeiro Plano, cujo resultado foi a redução dos casos e da gravidade da doença. De janeiro a abril de 2008 foram registrados 6.632 casos de dengue, 90% do total de casos notificados este ano. As reduções foram significativas a partir de maio, quando houve 413 notificações. Em junho e julho foram menos de 70 casos por mês e a partir de agosto, menos de 10 casos mensais.
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