AM promove oficina de Educação Permanente
Profissionais da capital e dos 61 municípios do Amazonas participam, até a próxima sexta-feira (14), da Oficina para Implementação da Política de Educação Permanente em Saúde do Estado. O evento, aberto na manhã de hoje (11), em Manaus, é coordenado pelo Departamento de Gestão de Recursos Humanos da Secretaria de Estado da Saúde (Susam) em parceria com a Escola Técnica de Saúde do SUS e Ministério da Saúde.
Durante a oficina, serão apresentados os conceitos, princípios e aplicabilidade da Educação Permanente, assim como a política de Educação Permanente em Saúde, definida pela portaria ministerial de 1996/07. Os participantes também conhecerão um programa de capacitação gerencial e o perfil epidemiológico do Estado. Como atividade prática os profisisonais irão identificar necessidades de formação de recursos humanos nos seus municípios, definir estratégias de implantação da política de educação permanente e elaborar um programa de capacitação gerencial.
De acordo com a consultora técnica do Ministério da Saúde para a área de Gestão do Trabalho e Educação, Maria Alice Roschke, que participa do evento como expositora, a educação permanente tem como objetivo capacitar os profissionais de saúde de todos os níveis a intervir na rotina dos serviços a fim de gerar melhorias e garantir a satisfação do usuário. Ela destaca que a proposta é integrar o conhecimento com a prática diária dos profissionais, e considerar a realidade e as necessidades no nível local. “Isso pode ser aplicado em casos simples em situações de emergência. Em ambos os casos os profissionais devem estar preparados para identificar o problema e propor soluções dentro do menor tempo possível”, explica.
De acordo com a consultora técnica Maria Aparecida Timo Brito, que também participa da Oficina como expositora, a Educação Permanente faz parte do Pacto pela Saúde e suas ações foram descentralizadas para os Estados e municípios, para facilitar a identificação de necessidades e a realização de planos adequados à realidade de cada local. “A descentralização traz o fortalecimento do programa”.
Segunda Maria Aparecida, os recuros federais para aplicação na Educação Continuada são definidos por diversos critérios, incluindo a população, o IDH e o número de equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF). A partir do próximo ano, será considerado também o critério de desempenho. “A proposta da Educação Permanente é nova e difere da Educação continuada cujo foco principal era a atualização. A partir de agora a prioridade é o conhecimento para a mudança”.
Cerca de R$ 2 milhões foram destinados pelo Ministério da Saúde para o Amazonas. Deste total, R$ 1,3 milhão são destinados à educação profissional e R$ 900 mil para a educação permanente.
A secretária excutiva de Assistência à Saúde do Interior, Heliana Feijó, disse que o Amazonas enfrenta desafios próprios da região amazônica, como as as grandes distâncias e a dificuldade de acesso, e que uma das estratégias a ser utilizada nos planos de educação está o telesaúde, sistema que permite a transmissão de som e imagem em tempo real para os municípios do interior. “Já estamos usando a ferramenta em programas pontuais”.
Heliana apontou a necessidade dos municípios buscarem o atendimento resolutivo e a satisfação dos usuários, evitando, entre outras coisas, que falhas na atenção básica obriguem os pacientes a buscarem atendimento especializado na capital, para onde o acesso é normalmente complicado, além de gerar custos sociais e financeiros importantes.
Participam da Oficina 182 profissionais, entre diretores e gerentes de enfermagem das unidades de saúde da capital e do interior do Estado.