Dependentes de nicotina iniciam tratamento

Cerca de 15 dependentes de nicotina iniciaram nesta quarta-feira (29) tratamento especializado no Programa Tabagismo, da Policlínica Codajás, para combater o vício. A primeira sessão do projeto ocorreu no auditório da instituição, com palestra sobre o uso do cigarro e suas implicações, além de informações sobre o programa. Ao todo, 60 pessoas vão receber orientações para deixar o fumo, em turnos distintos e por meio de oficinas e consultas individualizadas.

De acordo com a médica do Programa Tabagismo, Núbia Viana, os novos participantes do projeto já deram o passo fundamental para o início do tratamento. “Procurar o programa já representa 10% para o sucesso do tratamento”. A médica informa que, para deixar de fumar, é preciso saber lidar com a dependência, além de contar com cuidados médicos e acompanhamento de equipe especializada.

Usuária mais jovem a participar do programa, Leiciane Gonçalves da Silva, 19, tenta deixar o cigarro por conta de dificuldades respiratórias. “Fumo cerca de 10 cigarros ao dia nos há cinco anos e tenho medo de contrair alguma por conta desse uso, ou mesmo algum tipo de câncer. Hoje, já tenho alguma dificuldade em respirar“, disse.

Funcionamento do Programa – A nova turma de 60 participantes será dividida igualmente em quatro grupos, dos quais dois recebem atendimento pela manhã e os outros dois pela tarde. Os usuários de cigarro receberão instruções durante quatro sessões semanais, duas quinzenais e dez mensais, além de atendimento individualizado com a equipe do programa em cada turno, formada por uma médica, enfermeiras, assistentes sociais, nutricionistas, psicólogos e técnicos de enfermagem.

O tratamento inclui ainda o repasse das medicações bulpropiona (usada para aliviar tensão e com efeito calmante), goma de mascar e adesivos que liberam baixa quantidade de nicotina (usados em diferentes partes do corpo). “Mas só tem direito a esses medicamentos quem participa efetivamente do Programa e suas sessões”, ressalta a assistente social Sueli Alencar.

Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que somente 3% das pessoas que procuram tratamento especializado deixam de fumar. Entretanto, os números do Programa Tabagismo da Policlínica estão acima da média nacional. “Das 290 pessoas inscritas no nosso Programa, de julho de 2005 até hoje, cerca de 60 deixaram de fumar, aproximadamente 21%”, informou a assistente social.

Benefícios do Tratamento – A médica Núbia Viana lembra ainda que só pode ser considerado ex-fumante quem fica mais de três anos sem fazer uso do cigarro. “O primeiro ano é a fase mais difícil. Mas abrir mão desse hábito pode trazer inúmeros benefícios, entre eles melhoria das funções circulatória e respiratória, acentuação do paladar, mais concentração, disposição física e menos riscos de adquirir doenças cancerígenas”, explica.

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