Saúde Mental encerra concurso de pinturas
A Coordenação do Programa de Saúde Mental divulgou nesta segunda-feira (13) o resultado do 1º Concurso Estadual de Desenho Livre, promovido entre os dias oito e dez deste mês. Das 35 obras concorrentes, confeccionadas por usuários das unidades de atenção em saúde mental do Estado, a vencedora é de Manaus, de autoria de Juarez Gomes, 42, que recebeu a notícia em casa, após ter alta na última quinta-feira (9). O desenho vai servir de base para a confecção das peças publicitárias do 3º Fórum Amazônico de Saúde Mental e Atenção Básica e 1º Fórum Internacional de Saúde Mental da Amazônia Legal, previstos para ocorrer em agosto de 2009, na capital.
A obra de Juarez Gomes é um retrato harmônico da cidade, com traçados retilíneos e cores vivas. A peça recebeu 146 votos, cerca de 20% do total de 770. Os votos que elegeram a obra vencedora foram colhidos durante a exposição itinerante de Desenhos Livres. A mostra passou pela sede da Secretaria de Estado da Saúde (Susam), Escola de Enfermagem e Instituto de Ciências Humanas e Letras da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e Centro Psiquiátrico Eduardo Ribeiro.
“O concurso serviu para a inserção social dessa população, além de ter suscitado uma discussão no setor de saúde mental do Estado sobre a potencialidade e produção artística dos usuários do sistema”, disse a terapeuta ocupacional e coordenadora do concurso, Rosângela Melo.
A iniciativa é parte do programa ‘Saúde Mental como Prioridade: Melhoria dos serviços com participação social e cidadania’. A atividade também marcou o Dia Mundial de Saúde Mental, comemorado em 10 de outubro.
Participantes – O segundo colocado no concurso foi o usuário do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Adolfo Lourido, de Parintins, Fernando Batista, cujo desenho recebeu 104 votos. Em terceiro, ficou a obra de Odair Amaral, do CAPS Ligia Rodrigues Barros, de Tefé, com 58 votos. Participaram também usuários dos CAPS Silvério Tundis, de Manaus, do Centro Psiquiátrico Eduardo Ribeiro e do Hospital de Custódia.
Censo – Até o fim deste ano a Secretaria de Estado da Saúde (Susam), em parceria com o Ministério da Saúde, dá início aos trabalhos do Censo da População Psiquiátrica do Estado. Não há estimativas precisas sobre essa parcela da população, mas indicadores da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que pelo menos 3% da população precisam de tratamento para transtorno severo e persistente.
Outros 6% a 8% da população demandam tratamento para transtorno relativo ao uso de substâncias psicoativas (álcool e outras drogas). Já 9% da população precisam de tratamento para transtornos moderados e leves.
“Ainda hoje os problemas da saúde mental são tratados como doença silenciosa, que não sangra, nem apresenta sinais físicos e cujo diagnóstico é subjetivo. É preciso conhecer os usuários do sistema e fortalecer as políticas públicas para o setor”, afirma a responsável técnica pela Saúde Mental da Susam, Maristela Alecrim.
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