Maternidades usam técnicas japonesas

Técnicas japonesas, como a massagem corporal e o relaxamento, serão ensinadas aos profissionais que fazem o atendimento às mulheres em trabalho de parto nas cinco maternidades da rede estadual.

O treinamento será realizado durante o 1º Seminário Regional de Enfermagem Obstétrica Baseada no Modelo Japonês, que acontece nesta sexta-feira, no auditório da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). A promoção é da Secretaria de Estado da Saúde (Susam) e Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), entidade responsável pela viabilização e efetivação de parceria de cooperação técnica entre o Brasil e o Japão.

O modelo japonês de assistência às grávidas em trabalho de parto é um processo milenar e é apontado como referência pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no quesito atendimento humanizado. O modelo consiste na utilização de atividades físicas, de relaxamento e massagens, orientadas por profissionais da área de saúde que auxiliam na realização do parto normal.

As técnicas serão ensinadas pelas enfermeiras Gracimar Fecury e Roseli Lira, da Maternidade de Referência Ana Braga, e pela assistente social Sandra Cavalcante, do Departamento de Ações Básicas e Estratégicas da Susam, que participaram de um curso no Japão, de aprendizagem prática das técnicas. “São medidas simples que podem ser aplicadas no dia-dia sem a necessidade de grandes investimentos”, informa Gracimar.

Entre as técnicas que deverão ser adotadas nas maternidades do Estado está a massagem corporal para alívio da dor durante o trabalho de parto. “É uma massagem concentrada principalmente na região lombar, que proporciona o relaxamento muscular e o alívio das dores”, explica Gracimar Fecury. Também deve entrar na rotina das unidades a técnica Mohri de massagem das mamas, que estimula a produção de leite materno e evita o popular “empedramento do leite nos seios”.

Segundo a enfermeira a utilização das técnicas têm o objetivo de promover o parto normal, recomendado como preferencial pelo Ministério da Saúde, por apresentar menores riscos de agravos tanto para a mãe quanto para o bebê.

O modelo japonês também será uma ferramenta utilizada pelos profissionais de saúde na redução dos índices de mortalidade materna e neonatal no estado. “As atividades são realizadas em ciclos desde a primeira consulta do pré-natal e continuam depois do nascimento com acompanhamento do desenvolvimento da criança e da saúde da mulher”, declara a enfermeira.

Além da parte prática os profissionais também receberão material impresso com referencial teórico destacando a comprovação científica dos benefícios alcançados com a utilização das técnicas do modelo japonês. Entre os benefícios apontados pela enfermeira estão o conforto e a segurança para as mães no momento do parto, a diminuição de riscos de agravos relacionados à saúde e a melhoria na qualidade de vida dos pacientes. “Nós pudemos comprovar isso na prática quando estivemos no Japão, o atendimento as grávidas é totalmente humanizado e os riscos são mínimos”, afirma.

Estarão participando do seminário os profissionais das maternidades, responsáveis pelo atendimento as grávidas em trabalho de parto e também das Unidades Básicas de Saúde, que realizam o acompanhamento ambulatorial durante o de pré-natal, além de estudantes de cursos da área de saúde.

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