Susam terá nova proposta para Santa Casa

Nova proposta para reabertura da Santa Casa de Misericórdia, fechada desde dezembro de 2004, deve ser concluída por técnicos da Secretaria de Estado da Saúde (Susam) dentro dos próximos 15 dias. O secretário Agnaldo Costa visitou a unidade nesta quarta-feira para acompanhar in loco o trabalho de finalização do levantamento das condições físicas e funcionais das áreas ambulatorial e hospitalar da Casa. Segundo ele, o próximo passo é definir o total de recursos para garantir a reativação da Santa Casa. A proposta final será submetida à análise do governador Eduardo Braga.

Agnaldo Costa disse que encontrou uma grande quantidade de aparelhos médicos e equipamentos em processo de deterioração por falta de uso e manutenção, e confirmou a precariedade do prédio de mais de 15 mil metros de área construída, que esteve em atividade por mais de 100 anos. “Tudo isso precisa ser recuperado”, disse. Segundo o secretário, as dívidas da Santa Casa, somente na área trabalhista, já passam dos R$ 18 milhões.

Esta é a terceira vez que o Governo do Estado realiza levantamentos para elaboração de projetos que visam a reativação da unidade, fechada após grave crise administrativa e financeira. Impasses jurídicos e relacionados ao modelo de gestão impediram que a Susam assumisse a Santa Casa e a incorporasse à rede estadual de saúde. Um dos problemas é o pagamento de dívidas não contraídas pelo Estado. A Santa Casa é uma unidade filantrópica sem vínculo com o poder público. “Estamos estudando propostas de solução”, assegura Agnaldo Costa.

O secretário adiantou que a nova proposta da Susam é abrir 100 leitos, que seriam distribuídos em 40 leitos de maternidade, 40 de clínica cirúrgica e outros 20 de ginecologia. “O projeto está pronto, aguardando apenas os estudos de viabilidade financeira”, disse.

Os técnicos que elaboraram o projeto atual consideraram os dois estudos anteriores, realizados em 2005 e 2007 e promoveram atualizações nos dados. Mais de 300 páginas, reunindo textos e fotografias sobre as condições físicas e financeiras foram produzidos pelas equipes anteriores. Quando fechou as portas, o hospital já acumulava dívidas de aproximadamente R$ 7 milhões.

A estrutura da Santa Casa conta com dois ambulatórios com 17 consultórios médicos e oftalmológicos, 202 leitos distribuídos em apartamentos e enfermarias da área clínica, cirúrgica e de maternidade, centro cirúrgico com cinco salas, uma UTI em construção e as áreas de apoio tradicionais como lavanderia, laboratórios, cozinha, banco de sangue e salas administrativas. “É lamentável que a unidade tenha chegado ao nível em que se encontra. O que for possível jurídica e financeiramente será feito pelo Governo do Estado para trazer a Santa Casa de volta às atividades”, garantiu o secretário Agnaldo Costa.

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