Financiadores da OMS visitam FMT

As possibilidades de novos financiamentos para o estudo e controle de doenças endêmicas na Amazônia, como leishmaniose, tuberculose e doença de chagas, serão discutidas nesta sexta-feira (20) à tarde na Fundação de Medicina Tropical do Amazonas – FMT-AM por um grupo de representantes da Organização Mundial de Saúde (OMS).

O Programa Especial para Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais (TDR), vinculado à OMS, responde pelos recursos que custearam as pesquisas resultantes na nova política nacional de medicamento para o tratamento da malária transmitida pelo plasmódio falsíparo.

Os membros da comitiva estarão em Manaus para conhecer de perto as instalações, o trabalho em atendimento humanitário e as pesquisas em desenvolvimento na FMT-AM, instituição que transformou o projeto do novo medicamento contra a malária em qualidade de vida para a população. Instituído como medicamento de primeira linha no tratamento da malária, o Coartem foi adotado nacionalmente desde 2006 e não apresenta efeitos colaterais como seu antecessor (Quinino + Doxiciclina). Ambos os remédios foram conflitados para saber qual era o mais eficiente. O projeto foi desenvolvido pela FMT-AM durante dois anos (2005 e 2006) no município de Coari, no interior do Estado.

O Estudo Comparativo da Eficácia de Quinino + Doxiciclina Vs Artemeter + Lumefantrina (Coartem) para o Tratamento de Malária por Plasmodium falsiparum, coordenado pela médica Graça Alecrim, acompanhou 350 pacientes do município de Coari durante 42 dias, cada um.

De acordo com o Diretor Presidente da FMT-AM, Sinésio Talhari, o município de Coari foi escolhido para sediar a pesquisa porque a FMT-AM já mantinha em funcionamento a Rede Amazônica de Vigilância de Resistência às Drogas Antimaláricas (Ravreda), o que facilitou a logística dos estudos.

“Os visitantes pretendem aproveitar a oportunidade para conhecer os laboratórios onde são feitas pesquisas com animais peçonhentos, como as cobras. Além disso, devem solicitar à FMT-AM que mostrem algumas pragas vivas que a Fundação possui, como o Barbeiro, transmissor da Doença de Chagas”, afirma Talhari.

O Special Programme for Research and Training in Tropical Diseases – Programa Especial para Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais – (TDR) é um programa global e independente de colaboração científica. Criado em 1975 e co-patrocinado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (UNDP), Banco Mundial e Organização Mundial de Saúde (OMS), o TDR existe para ajudar a coordenar e apoiar esforços de combate às doenças que flagelam países pobres ou em desenvolvimento.

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