Malária cai 37% no Amazonas

Dados dos três primeiros meses deste ano registrados no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde (Sivep) mostram que os casos de malária caíram 37,3% no Amazonas, em relação ao mesmo período do ano passado.

Os números significam que cerca de 60 mil pessoas deixaram de adoecer. Na região da capital e dos oito municípios do entorno – Autazes, Careiro, Careiro da Várzea, Iranduba, Manacapuru, Manaquiri, Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva – a queda foi de 40,4%.

O balanço foi apresentado pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) aos representantes dos 40 municípios que concentram 94% dos registros da doença no Estado, durante oficinas de avaliação, promovidas durante a semana passada.

Segundo o diretor presidente da FVS, Evandro Melo, quem obteve o maior índice de redução de casos foi Tabatinga, no Alto Rio Solimões -98%. No primeiro trimestre de 2007 o município havia notificado 1.022 casos. Nos primeiros três meses deste ano foram apenas 20. Tonantins, Amaturá, Itamarati e Pauini também registraram reduções superiores a 80%. Os índices mais altos de queda ocorreram nas regiões dos rios Purus (52%), Alto Solimões (50%) e Baixo Amazonas (44%).

De acordo com os dados do Sivep, houve crescimento no número de casos em dez dos 62 municípios amazonenses. Iranduba, Tapauá, Tefé, Eirunepé, Ipixuna, Santa Izabel do Rio Negro, São Gabriel da Cachoeira, Santo Antônio do Içá, Nhamundá, Parintins e Urucará tiveram, juntos, 1.735 casos a mais que o notificado no ano passado.

Evandro Melo avalia que as reduções no Amazonas estão dentro do esperado e se devem, principalmente, à intensificação das ações de controle da doença, desencadeadas pela Operação Impacto.

A Operação foi lançada pelo Governo do Estado em novembro do ano passado, visando reduzir o número de casos em mais de 70% até 2010. As reduções devem ser gradativas. Em 2008, a meta é que não sejam ultrapassados os 140 mil casos. Em 2009 os números devem ficar em 84 mil e, em 2010, a malária deve cair para até 58 mil casos.

Até o final de março foram registrados 27,7 mil casos de malária em todo o Estado. “Os números são favoráveis, mas a tendência de queda não é definitiva”, alerta Evandro Melo.

Segundo ele, a sustentabilidade das ações é o que vai garantir a redução sistemática dos casos. “É indispensável o compromisso efetivo dos municípios”. Evandro destaca que mesmo naqueles já certificados para o controle de endemias pelo Ministério da Saúde (atual são 26), o Estado mantém atuação por meio de monitoramento e suporte técnico e operacional.
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