Profissionais recebem orientação sobre dengue
A Fundação de Vigilância de Saúde (FVS), em parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), promoveu nesta sexta-feira (11), no auditório da Fundação Hemoam, a palestra “Manejo Clínico de Pacientes com FHD (Febre Hemorrágica da Dengue) e Dengue com Complicações”. O tema foi apresentado pelo infectologista Kléber Luz, professor doutor da Universidade do Rio Grande do Norte e assessor técnico do Ministério da Saúde.
A palestra foi dirigida aos médicos da rede assistencial de saúde, incluindo os que atuam na rede privada. O infectologista conversou com os profissionais sobre a doença, alertando-os de que é preciso ter conhecimento sobre a mesma para que se faça o diagnóstico e o tratamento corretos. “A dengue é uma doença e toda doença precisa ser tratada” alertou.
O infectologista também explicou as diferenças entre o dengue clássico e a febre hemorrágica de dengue. Ele alertou os profissionais de que as doenças são diferentes, mas que são causadas pelo mesmo vírus. “A grande diferença é que a dengue hemorrágica é mais grave, precisa de intervenções imediatas”.
Ele destaca que mesmo tendo os sintomas identificados, as manifestações clínicas, tanto da dengue clássica quanto da hemorrágica, variam de paciente para paciente e que nem sempre a hemorragia é evidente. “O médico precisa estar atento a estes detalhes. O diagnóstico e tratamento só terão sucesso se o profissional compreender a patologia”, afirma.
O diretor técnico da FVS, Bernardino Albuquerque, destaca que Kléber Luz é um dos especialistas mais respeitados nacionalmente, com experiência no Brasil e em outros países com índices altos de transmissão de dengue, e que sua vinda foi pactuada com o Ministério da Saúde, como uma das estratégias do Plano Anual de Controle da Dengue no Amazonas. “A experiência dele será somada a dos profissionais locais e ampliará o conjunto de ações promovidas no Estado com o objetivo de capacitar médicos e outros profissionais da saúde para a assistência aos pacientes com quadro de dengue”, garante.
Desde o início do ano, segundo o diretor, foram capacitados mais de 1,2 mil profissionais, por meio de cursos promovidos pela Secretaria de Estado da Saúde, FVS e Fundação de Medicina Tropical. Bernardino assegura que o nível de preparo dos profissionais de saúde garante ao Amazonas um dos menores índices de letalidade por dengue no país.
Desde janeiro, o Estado registrou 63 casos de dengue hemorrágica, com quatro óbitos. Até o final de março foi registrado um total de 1.490 casos de dengue, dos quais 1.409 na capital.
Os números são maiores que os registrados em 2007, mas estão em queda, de acordo com a FVS. Para evitar uma epidemia o Governo do Estado implantou a Operação Impacto contra a Dengue. As ações começaram no dia 25 de fevereiro e deveriam ser encerradas no dia 25 de abril. Como as previsões meteorológicas apontam para a continuidade das chuvas até junho, as ações também serão estendidas até o meio do ano.
Balanço do primeiro mês de atividades mostrou uma queda de 55% nos casos de dengue. Na semana em que foi iniciada a Operação haviam sido registrados 416 casos suspeitos da doença. Na quarta semana, foram 187 casos.
O secretário de estado da Saúde, Agnaldo Costa, descarta a possibilidade de uma epidemia no Estado.
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