Combate à dengue nas zonas Leste e Sul

Agentes de endemias, bombeiros e Forças Armadas iniciaram nesta segunda-feira visitas casa-a-casa e aplicação de fumacê nos bairros das zonas Leste e Centro-Sul de Manaus, durante a segunda etapa de ações da Operação Impacto contra a dengue. Nos primeiros 30 dias de Operação foram atingidas as zonas Norte e Oeste, onde foram encontrados mais de 180 mil criadouros do mosquito transmissor.

Ao longo desta semana o foco dos trabalhos serão os bairros Japiim, Aleixo, Adrianópolis, Parque 10, Petrópolis, Crespo, Centro, Jorge Teixeira, São José e Zumbi.

O diretor presidente da FVS, Evandro Melo, explica que casas, escolas e pontos comerciais serão visitados para esclarecimento da população e identificação de recipientes de risco para a reprodução do mosquito. “Vamos orientar para o descarte de lixo, entulhos e materiais inservíveis que acumulam água. Os garis, que estão trabalhando de forma articulada com a Fundação, farão a coleta”. A medida visa combater e evitar o surgimento de larvas do Aedes.

Também será aplicado, nestes bairros, o chamado fumacê, para eliminar os mosquitos adultos. As aplicações serão feitas no início da manhã e no final da tarde em áreas mapeadas previamente.

Evandro Melo pediu que a população entre em contato com o número de telefone 193, do Corpo de Bombeiros, para informar sobre áreas de risco para a proliferação do mosquito transmissor da dengue.

Ele destacou que o Corpo de Bombeiros, com quem a FVS trabalha em parceria na Operação Impacto, recebe as denúncias e repassa de imediato à Fundação, para que sejam tomadas providências. Também está à disposição da população o número 0800 280 15 15.

O mosquito se desenvolve em água limpa e parada, normalmente acumulada em caixas d’água, calhas, cacimbas, pratos de plantas, latas, garrafas e em recipientes menores como tampas de refrigerante, copos plásticos e até casca de ovo.

Segundo Evandro, 80% a 90% dos criadouros estão nas casas e nos quintais, o que exige atenção permanente da população. O diretor lembra que os recipientes que acumulam água, mas não podem ser eliminados, devem ser lavados com sabão e esfregados com escova no mínimo uma vez por semana. Os ovos resistem até 180 dias mesmo sem água.

Diferente do mosquito transmissor da malária, que se infecta com o plasmodium que transmite a doença apenas após o contato com uma pessoa infectada, o da dengue já pode nascer com o vírus.

Durante o primeiro mês da Operação Impacto, foram identificados 184 mil criadouros do mosquito da dengue nos bairros das zonas Norte e Oeste visitados pelos agentes de endemias e militares da Forças Armadas. Destes, 100 mil foram eliminados e 84 mil, tratados com larvicida.

Resultados – Os casos de dengue estão em queda em Manaus. De acordo com o secretário estadual de Saúde, Agnaldo Costa, na semana em que foi iniciada a Operação Impacto (a partir de 25 de fevereiro) haviam sido registrados 416 casos suspeitos da doença. Na semana passada, ao completar um mês de intensificação do controle, foram 187 casos, uma queda de 55%.

Agnaldo afastou a possibilidade de uma epidemia no Estado, apesar de um aumento significativo da doença em relação ao ano passado, e afirmou que a rede de assistência está preparada para atender os casos clássicos e graves da doença.

Até o momento foram notificados no Amazonas 1.218 casos confirmados de dengue, incluindo 62 casos de dengue hemorrágica, com três mortes.

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