Malária teve redução de mais de 50%
Nos primeiros dois meses deste ano a malária caiu, em Manaus, 51,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Em todo o Estado, a redução foi de 42,4%, o que significa que 15 mil pessoas deixaram de adoecer. Os dados são do Sistema de Vigilância Epidemiológica, do Ministério da Saúde, e estão sendo divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (Susam). As informações de março só estarão consolidadas em cerca de 15 dias, mas, de acordo com o secretário estadual de saúde, Wilson Alecrim, dados preliminares mostram que a tendência de queda será mantida.
Alecrim destaca que na capital, nas áreas de maior risco de transmissão – o Tarumã e o Puraquequara – a redução no número de pessoas infectadas foi de 33,7% e 53%, respectivamente. Em fevereiro foram registrados 7.031 casos de malária em todo o Amazonas e 2.379 na capital. “Os números são os menores dos últimos quatro anos”, avalia. Segundo ele, a queda se deve à intensificação das ações de controle, o que inclui combate ao mosquito, diagnóstico e tratamento precoces e esclarecimento da população para medidas de proteção individuais e familiares. Em Manaus, as ações estão sendo desenvolvidas desde outubro do ano passado de forma cooperada com a Prefeitura, que está atuando tanto no diagnóstico e tratamento quanto na limpeza de igarapés e áreas alagadas.
No interior, estão sendo desenvolvidos planos de ação específicos para cada município e as ações também são feitas em parceria com as prefeituras. A prioridade são os municípios do entorno de Manaus. Juntos com a capital, esses municípios respondem por cerca de 70% do total de casos do Estado.
Alecrim ressalta a importância da colaboração de cada um no processo de combate à doença. “Quem vive ou se desloca para áreas de risco, deve se proteger. Todas as armas estão sendo usadas para levar a doença para patamares reduzidos, mas a participação da população continua sendo indispensável”, afirma.
As principais formas de proteção pessoal são evitar exposição e banhos de igarapé ao entardecer e ao anoitecer, usar mosquiteiro e, se possível, telar as janelas. O secretário também pede que a população permita sempre a entrada dos agentes que fazem a borrifação intradomiciliar (aplicação de inseticida nas paredes das casas, com efeito residual de até três meses) e que depósitos de água próximos de casa fiquem sempre tampados.
Para fazer o diagnóstico da doença e receber os medicamentos gratuitamente, a população conta, em Manaus, com mais de 90 postos de atendimento e com a rede do Programa Saúde da Família, que capacitou mais de 1 mil profissionais para o controle da malária. Além disso, agentes visitam as moradias dos principais locais de risco para fazer busca ativa – coleta de lâminas de pessoas febris para o diagnóstico. Em caso positivo, o medicamento é entregue na casa do paciente. No Amazonas, 1.915 agentes trabalham no combate à malária, dos quais, 1.183 na capital.
Mesmo com a redução no número de pessoas doentes, as zonas Oeste e Leste continuam sendo as de maior risco de transmissão da malária na capital. “São áreas para onde a cidade cresce e onde existem concentrações de água com as condições ideais de proliferação do mosquito transmissor”, explica o diretor da Fundação de Vigilância em Saúde, Evandro Melo.
Além do trabalho de rotina, o diretor explica que a Fundação tem trabalhado preventivamente em sítios e balneários para onde a população se desloca nos feriados prolongados. Nestes locais, a FVS tem feito aplicações de fumacê antes, durante e após os feriados, distribuindo também material informativo nos portos e barreiras rodoviárias. “Na época do Carnaval, 420 ônibus saíram de Manaus para as rodovias AM 010 e BR 174, que são consideradas áreas de risco nos primeiros 50 quilômetros aproximadamente”.
Áreas de maior risco:
Puraquequara
2005 – 336 casos
2006 – 158 casos
Redução: 53%
Tarumã
2005 – 542 casos
2006 – 359 casos
Redução: 33,7%
Dados do Estado:
Manaus
Janeiro
2006 – 3.656
2005 – 6.766
Redução: 46%
Fevereiro
2006 – 2.379
2005 – 5.755
Redução: 58,6%
Fonte: Sistema de Vigilância Epidemiológica (Sivep), do Ministério da Saúde,
e Fundação de Vigilância em Saúde.
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