900 comunidades irão receber remédios
A Secretaria de Estado da Saúde (Susam) vai enviar, a partir desta sexta-feira (14/10), medicamentos e produtos para a saúde destinados a atender 914 comunidades de 28 municípios do interior que se encontram em situação de alerta ou calamidade pública em função da vazante. Além dos kits serão enviados aparelhos elétricos de inalação para instalação nas unidades de saúde que funcionam nas áreas de maior risco para o desenvolvimento de doenças respiratórias.
A distribuição do material de saúde será feita por via aérea, rodoviária e fluvial, de acordo com as condições ambientais e acompanhando o cronograma de socorro desenhado pelo Governo do Amazonas para atender as necessidades das áreas mais críticas do Estado. As primeiras remessas de medicamentos saem amahã (14) para Anori, Anamã, Caapiranga e Manaquiri.
De acordo com o secretário estadual de Saúde, Wilson Alecrim, estão sendo utilizados produtos dos estoques da Central de Medicamentos do Amazonas (Cema). Além disso, o Governo do Amazonas está investindo R$ 3,1 milhões em caráter emergencial para compor os kits formados por 33 tipos de medicamentos indicados para problemas dermatológicos, respiratórios e gastrintestinais, além de sais para reidratação oral, utilizados principalmente nos casos de diarréia aguda. Além disso, estão sendo providenciados sete tipos de produtos para a saúde, incluindo álcool, gases, ataduras, compressas e esparadrapos, e também hipoclorito de sódio para o tratamento da água de uso doméstico. O material chegará à população por meio dos agentes comunitários de saúde e dos médicos das zonas urbanas e rurais, que também receberão um manual sobre o uso adequado dos medicamentos.
Wilson Alecrim informou que técnicos da Secretaria Adjunta de Assistência ao Interior da Susam, levantaram as principais necessidades de medicamentos com base na localização das comunidades, nas condições ambientais e no acesso a serviços de saúde para definir as áreas mais vulneráveis a doenças decorrentes da seca e posteriormente, do repiquete e da cheia, que devem acontecer a partir do final deste mês.
Segundo a secretária de Assistência à Saúde do Interior, da Susam, Heliana Feijó, o alerta para as doenças se deve especialmente à alta concentração de vírus e bactérias que ocorre em função da decomposição de material orgânico como vegetais e peixes mortos, tornando a água do que restou dos rios e lagos imprópria para o banho e para o consumo. Os problemas mais comuns são o aumento das verminoses, das diarréias infecciosas e infecções de pele. “Em alguns casos, temos também problemas respiratórios que se agravam quando começam as chuvas”, explica a secretária, que é médica e diz que é preciso prevenir também as doenças que decorrerão da mudança de clima que virá.