Medicamentos são enviados para Ipixuna

A Secretaria de Estado da Saúde (Susam) enviou ontem (13) meia tonelada de medicamentos para o município de Ipixuna, para dar suporte ao tratamento dos doentes infectados por rotavírus. Hoje (14), embarcam mais 500 quilos de soro, antibióticos, analgésicos e vitaminas, além de fraldas descartáveis, algodão, álcool, seringas e hipoclorito. O infectologista Antônio Magela e a pediatra Aline Menezes Batista, ambos da Fundação de Medicina Tropical, também já chegaram ao município para acompanhar o tratamento dos pacientes. O técnico do Laboratório Central, Antônio Ricardo Pereira, foi acompanhando a equipe médica e fará a coleta de novas amostras que serão encaminhadas à capital para exames.

O surto epidêmico de gastroenterite provocada pelo rotavírus já causou, desde o final de agosto, a morte de 11 crianças das áreas rural e urbana de Ipixuna, município localizado a mais de 1,3 mil quilômetros de Manaus em linha reta. Cinco das vítimas eram indígenas. A quantidade total de pessoas acometidas pela doença era de 134 até o final de segunda-feira, mas as equipes da Vigilância Epidemiológica estadual estão verificando a possibilidade de terem ocorrido novos casos nas últimas 24 horas. A Susam foi informada, ainda, da ocorrência de casos no município de Guajará, para onde também seguem medicamentos e material hospitalar de suporte e onde já está uma técnica da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS).

De acordo com o Ministério da Saúde, várias cidades do Acre estão vivendo uma epidemia de infecção por rotavírus, e as autoridades de saúde estaduais não descartam a relação entre os casos, já que os municípios atingidos estão próximos do estado vizinho.

O secretário estadual de Saúde, Wilson Alecrim, disse que a Secretaria Estadual vai continuar a dar o apoio necessário às secretarias municipais para ajudar a conter o surto.

Conforme o secretário Wilson Alecrim, o rotavírus é transmitido por contato direto, por contato com vômito e fezes com o vírus e pela ingestão de água e alimentos contaminados. Segundo ele, as crianças estão mais expostas, especialmente as que vivem em ambiente sem higiene adequada. Os sintomas da doença são vômito, mal estar, febre e diarréia intensa, o que pode causar a desidratação e levar à morte.

O rotavírus é conhecido há mais de 25 anos e hoje há seis tipos do vírus em circulação, de acordo com o secretário. A vacina para evitar o rotavírus ainda não está disponível e o tratamento é feito para aliviar os sintomas e evitar o agravamento dos casos. A principal providência é a hidratação oral ou venosa, por meio de soros.

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