Governo e Prefeitura vão combater malária

O Governo do Amazonas e a Prefeitura de Manaus, por meio de suas secretaria de saúde e órgãos de controle e tratamento de endemias vinculadas, como a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas e Fundação de Medicina Tropical, constituíram uma comissão formada por técnicos das duas esferas para elaborar um plano operativo emergencial, visando o controle e a prevenção da malária em Manaus. A capital registrou desde janeiro deste ano cerca de 37 mil casos da doença. O plano, com o detalhamento de metas e atividades, será apresentado pelo governador Eduardo Braga e pelo prefeito Serafim Corrêa, na próxima sexta-feira, às 15 horas, na sede do Governo do Estado.

Manaus é um dos municípios amazonenses ainda não certificados pelo Ministério da Saúde para o controle de endemias e por isso essas ações vem sendo desenvolvidas pela Secretaria Estadual de Saúde e Fundação de Vigilância em Saúde. “A meta é certificar Manaus e os demais 36 municípios não habilitados, assim que estiverem estruturados para assumir os programas de controle”, explica o secretário estadual de Saúde, Wilson Alecrim, informando que o trabalho cooperado entre o Estado e a prefeitura para o controle da malária, neste momento, faz parte do processo de municipalização da saúde, no que se refere às endemias.

O secretário explicou que as ações básicas de saúde começaram a ser municipalizadas, conforme prevê o Sistema Único de Saúde, no início do ano passado, quando o Estado repassou ao município 23 centros de saúde, que foram integrados à rede municipal, assim como os programas de atenção básica.

Casos – Alecrim disse que em relação ao ano passado houve um ligeiro decréscimo, em torno de 2%, do número de casos de malária em Manaus. O comparativo entre os meses de julho e agosto também demonstram redução, apesar do período sazonal que favorece a proliferação dos mosquitos e a transmissão da doença. “Foram 1,9 mil casos a menos, mas os números ainda são críticos”, disse. Segundo o secretário, a comissão técnica também tem a missão de rever as estratégias utilizadas para combater a doença, considerando o perfil de transmissão e as alterações ambientais e sociais observadas na capital.

O secretário informou que Manaus, onde estão 48% da população do Estado, concentra atualmente 40% do total de casos de malária. Os outros 60% ocorrem em 32 municípios.