Fundação começa como Dispensário de Lepra

A história da Fundação de Dermatologia Tropical e Venereologia Alfredo da Matta, mais conhecida como Fundação Alfredo da Matta, começa com o Dispensário de Lepra, construído com verbas da antiga Superintendência do Plano de Valorização da Amazônia que, em 1954, aprovou o financiamento de Dispensários de Lepra para a Amazônia Legal (Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, norte do Mato Grosso e Pará), considerando os resultados positivos alcançados com o uso da sulfona no tratamento da hanseníase.

O Dispensário do Amazonas foi inaugurado em 28 de agosto de 1955, como um prédio modesto, adaptado da antiga Casa de Trânsito, referência para a colônia Antônio Aleixo, que funcionava como o leprosário da época. O nome Alfredo Augusto da Matta foi escolhido para o Dispensário como homenagem ao médico sanitarista que viveu no Amazonas de 1896 até 1954. O primeiro diretor da unidade foi o médico Leopoldo Krichanã, leprosista que atuou no controle da hanseníase até sua aposentadoria.

A partir de 1970, com o reforço do seu corpo clínico, o Dispensário ampliou o atendimento ambulatorial a outras doenças de pele, além da hanseníase. Em 1979, seguindo recomendações do Ministério da Saúde, a colônia Antônio Aleixo foi desativada como leprosário e o Dispensário implementou suas atividades, assumindo a Coordenação do Programa de Dermatologia Sanitária do Amazonas.

A partir de então, a unidade passou a ser reconhecida pela população da capital e do interior do estado como centro de referência para patologias de pele e órgão responsável pelo controle da hanseníase no Amazonas. Em 1982, o Dispensário foi transformado em Centro de Dermatologia Tropical e Venerologia Alfredo da Matta, passando gradativamente a desenvolver atividades de ensino, pesquisa e assistência a doenças sexualmente transmissíveis.

Em 1988, o Centro foi transformado em Instituto e em 1999, em Fundação.