Lidocaína da Medicminas teria vindo para o AM
A Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), órgão ligado a Secretaria de Estado da Saúde (Susam) recebeu ontem (16/08) comunicado oficial da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informando sobre o possível envio para Manaus do medicamento Lidocaína fabricado pela empresa Medicminas Equipamentos Médicos Ltda.
A FVS já iniciou o processo de fiscalização às 57 distribuidoras de medicamentos instaladas na capital. Caso seja encontrado o medicamento, os lotes correspondentes serão apreendidos. A Fundação também já comunicou as Vigilâncias Municipais sobre a proibição do uso do medicamento pela Anvisa, orientando para as providências no sentido de evitar seu uso e comercialização em todo o Estado.
A Fundação de Vigilância em Saúde é responsável pela fiscalização nas distribuidoras e nos hospitais da rede pública e privada. As drogarias locais serão fiscalizadas pelas Visas de cada município. “Nós estamos realizando todo o trabalho para que a população não corra nenhum risco”, disse o diretor da FVS, Evandro Melo. A Fundação enviou documento oficial a todas os órgãos envolvidos informando sobre o problema e pedindo a colaboração no sentido de evitar danos a saúde da população.
A Anvisa determinou no sábado (13/08) a suspensão temporária da comercialização e utilização dos medicamentos Lidocaína spray 500 ml, Lidocaína 10% em 500 ml e Lidocaína 2% Gel 120g, fabricados pela empresa Medicminas Equipamentos Médicos Ltd, com sede em Belo Horizonte (MG), depois que três pessoas morreram e 12 se sentiram mal após a utilização do medicamento. Os pacientes sentiram dores de cabeça e tonturas uma hora após receber o anestésico.
A Lidocaína é um anestésico utilizado em procedimentos médicos para diminuir o desconforto e os reflexos do esôfago durante os exames de endoscopia. A determinação da Anvisa não compromete a realização dos exames, desde que o medicamento utilizado não seja da empresa interditada.
A Medicminas Equipamentos Médicos Ltda é clandestina e foi responsável pela distribuição dos anestésicos suspeitos de terem causado a morte de três pessoas, na Bahia. A Anvisa informou ainda que os estados do Amazonas, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins também receberam os medicamentos da empresa Medicminas.