Ações visam evitar doenças no garimpo

O Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), está implantando, em parceria com a prefeitura municipal de Novo Aripuanã, medidas para reduzir os riscos de transmissão de doenças como malária, febre amarela e leishmaniose, na área de acesso ao garimpo ‘Eldorado do Juma’, localizado a 240 km da sede municipal de Novo Aripuanã e a 75 km da sede do município de Apuí. As estratégias de ação foram definidas após a ida de técnicos da FVS ao local.

Segundo o diretor presidente do órgão, Evandro Melo, que participou da visita de diagnóstico, a maior preocupação das autoridades de saúde é com as doenças endêmicas e as decorrentes das precárias condições higiênico-sanitárias a que estão expostas as cerca de 7 mil pessoas que estão vivendo na área, população que vem crescendo com a chegada de cerca de 200 pessoas todos os dias.

Um posto de diagnóstico e tratamento da malária já está funcionando no porto de acesso ao garimpo. O posto está preparado para realizar testes rápidos e convencionais para o diagnóstico da doença e está abastecido com medicamentos para tratamento imediato dos casos confirmados. A unidade também está responsável pela busca ativa de pessoas com sintomas da doença.

Riscos – Evandro Melo informou que foram identificadas até o momento nove pessoas com malária, que já chegaram contaminadas ao local. Segundo ele, o risco de transmissão da doença não está na área de garimpo, uma vez que praticamente não há mosquitos, já que as águas, contaminadas pela atividade de extração de ouro, não são adequados à reprodução do vetor. “A preocupação é com a área do porto que dá acesso direto ao garimpo onde, inclusive, houve ocorrência da doença, no ano passado”. Para reduzir a circulação dos mosquitos neste local, a FVS já definiu o cronograma de termonebulização (fumacê). A Fundação também fará um estudo entomológico na área do garimpo, para verificar a existência de insetos transmissores de doenças e os riscos potenciais.

A implantação de um posto de vacinação foi outra medida definida como estratégica pela FVS e pela Prefeitura de Novo Aripuanã. A unidade vai vacinar contra febre amarela e tétano.

Água – Em relação a doenças de veiculação pela água, a FVS informou que as condições de vida da população instalada no local são extremamente precárias. Segundo o órgão, a água existente está sendo utilizada para o processo de lavagem e separação de cascalhos e ouro e, ao mesmo tempo, para consumo humano, principalmente para o preparo dos alimentos. Algumas famílias se utilizam de cacimbas (poços e pequena profundidade). Outro problema são os dejetos humanos, lançados a céu aberto. Para reduzir os riscos de contaminação, já está sendo distribuído hipoclorito de sódio a 2,5% para todas as famílias. A solução, colocada na água para uso doméstico, elimina bactérias e outros microorganismos.

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