Agentes treinados para evitar tuberculose

Os agentes penitenciários do Amazonas serão capacitados para prevenir, diagnosticar e tratar a tuberculose entre a população carcerária do estado. A capacitação será realizada nos dias 28, 29 e 30 de abril, no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, no Instituto Penal Antonio Trindade e na Policlínica de Referência Cardoso Fontes.

As palestras serão ministradas pela médica Alexandra Augusta Sanches, pneumologista responsável pelo Programa de Controle da Tuberculose nas Unidades Prisionais do Rio de Janeiro e pela psicóloga Vilma Diuana, responsável pela área de formação e capacitação de membros da comunidade carcerária em ações de controle da tuberculose no Sistema Penitenciário do Rio de Janeiro.

A capacitação é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde (Susam) através da Policlínica Cardoso Fontes, referencia para o tratamento de tuberculose no Amazonas, a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejus), Secretaria Municipal de Saúde de Manaus (Semsa), Comitê Municipal de Controle da Tuberculose e Fundo Global Luta Contra a Aids, Tuberculose e Malária.

Todos os agentes penitenciários deverão participar da capacitação, onde aprenderão sobre as formas de apresentação da doença e os cuidados que devem ser tomados para evitar a transmissão da tuberculose entre os presos. “Nosso objetivo é diminuir a incidência de tuberculose entre a população carcerária do estado, detectando precocemente os casos e oferecendo tratamento precoce”, destaca a diretora da Policlínica Cardoso Fontes, Irineide Assumpção.

Projeto – Desde o início deste ano toda pessoa que é presa no Amazonas é submetida a um exame para diagnosticar a tuberculose. O estado foi o primeiro a implantar o serviço, por dispor de condições logísticas que permitem a realização do exame em todos os presos que chegam ao sistema penitenciário. O exame é feito no Centro de Diagnóstico, que funciona nas dependências do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o Amazonas registra a segunda maior taxa de incidência da doença no país, 67,7 casos em cada grupo de 100 mil habitantes. A média nacional é de 38,2, por mil pessoas.

Um dia após chegar à prisão, é feito um raio X no tórax do interno. Se forem encontradas manchas nos pulmões, o detento realiza exame de escarro, que detecta a tuberculose. Caso a doença seja confirmada, o tratamento é iniciado em uma área isolada onde o paciente permanece durante os primeiros 15 dias – período de maior transmissão da doença que ocorre quando o infectado tosse, fala ou espirra e lança gotas de secreção que se propagam no ar.

A incidência da tuberculose entre presos é 40 vezes maior do que na população em geral. Em condições normais, o doente pode infectar até outras 15 pessoas, na cela, a propagação é maior, podendo atingir a todos.

O centro de diagnóstico custou R$ 150 mil, recursos provenientes do Fundo Global de Luta Contra a Aids, Tuberculose e Malária, da prefeitura de Manaus e dos governos federal e estadual.

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