Alfredo da Matta debate Hanseníase em evento nacional
O evento é organizado pela Sociedade Brasileira de Hanseníase e tem como objetivo contribuir com o programa para eliminação da doença no Brasil, que ainda apresenta altos índices de hanseníase, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
O Brasil é o segundo país do mundo em casos de hanseníase, superado apenas pela Índia e ocupa o primeiro lugar nas Américas. O Amazonas, que já foi detentor do primeiro lugar em número de casos, caiu, conforme dados do Ministério da Saúde de 2003, para a 11ª posição, graças ao trabalho de técnicos dos serviços de saúde, coordenados por uma equipe de profissionais do Estado, ao longo de quase 30 anos. Em decorrência deste trabalho, a Fundação está sendo considerada Centro de Referência Internacional da OMS e Centro de Referência Nacional do Ministério da Saúde.
Estarão representando o Amazonas a diretora presidente da Fundação Maria da Graça Souza Cunha, que presidirá sessão de temas livres sobre Clínica Terapêutica da Hanseníase e Maria de Fátima Maroja, que fará apresentará o tema “Ensinamentos das Políticas de Controle da Hanseníase no Brasil após a introdução da poliquimioterapia”. Também estarão como representantes do Estado no evento o médico Pedro Aurélio Cunha, abordando a questão da reabilitação e os centros de referência, a enfermeira Emília dos Santos Pereira, que presidirá sessão de temas livres sobre Educação e o médico Sinésio Talhari, da Fundação de Medicina Tropical, que fará a conferência Detecção, Diagnóstico e Epidemiologia da Hanseníase”.
A hanseníase é uma doença curável e quanto mais cedo é feito o diagnóstico e o paciente inicia o tratamento médico menores são as chances de surgirem seqüelas (mutilações). A rede pública de saúde disponibiliza gratuitamente os medicamentos, considerados altamente eficazes no combate à doença.
Em Manaus, a Fundação Alfredo da Matta, a Fundação de Medicina Tropical e o Ambulatório Araújo Lima, da Universidade Federal do Amazonas, fazem atendimento especializado em Hanseníase. Além destes, 20 centros de saúde da Semsa, policlínicas da Susam e o Programa Médico da Família também tratam a doença.
No Amazonas, todos os 62 municípios são apoiados pelo Programa de Dermatologia Sanitária do Estado. Em cada município há pelo menos uma unidade de saúde com atividades de controle da hanseníase.