AM deve reduzir mortalidade em 10% ao ano
O Amazonas confirmou o pacto para reduzir os coeficientes de mortalidade materna, infantil e neonatal em 10% ao ano, a partir de 2009. A confirmação foi feita pelo secretário estadual de Saúde, Agnaldo Costa, nesta sexta-feira (6), durante reunião de secretários de saúde da Amazônia Legal com a Secretaria de Ações Básicas do Ministério da Saúde, em Brasília. O encontro teve o objetivo de analisar um plano estratégico de ações para a redução das mortes maternas e de crianças menores de um ano, a ser aplicado em todo o país.
Segundo o secretário, a meta geral proposta pelo Ministério da Saúde é a queda de 5% nos índices de morte durante os anos de 2009 e 2010. No Amazonas a meta foi dobrada em função dos resultados alcançados nos últimos anos. De acordo com Agnaldo Costa a redução anual da mortalidade neonatal (crianças até 28 dias) tem sido em média de 4,1%. Em relação à mortalidade infantil (até 1 ano de idade), a queda anual vem sendo de 3,7%“. Já estamos muito próximos dos 5% e por isso o governador Eduardo Braga pactuou com os municípios que a meta no Estado será reduzir os óbitos em 10% ao ano”. A pactuação foi feita no início do ano em encontro com os prefeitos amazonenses.
O secretário informou que, na Amazônia Legal, o Amazonas é o que detém o melhor índice de redução das mortes neonatais e o segundo melhor índice de queda na mortalidade infantil, atrás apenas do Tocantins. Ele destacou, durante a reunião, que o Estado detém a liderança por manter uma rede moderna de assistência à mãe e à criança, com serviços de atenção integral e especializada, para assistência desde o pré-parto. Como exemplo, citou a qualidade do atendimento nas maternidades estaduais, o que garantiu a todas elas o título de Hospital Amigo da Criança, concedido pela Organização Mundial de Saúde e Unicef. O secretário também citou os grandes investimentos feitos na área pelo Governo estadual. “Somos o Estado que mais investe em saúde, com a média de 23% do orçamento próprio dirigido para o setor”.
Durante o encontro foi destacado ainda o papel da Atenção Básica, da vigilância em saúde, do controle social e da gestão do trabalho, para alcançar os objetivos propostos.
Além da saúde materna e infantil, o secretário discutiu com os demais secretários e representantes do Ministério da Saúde, a participação do Governo Federal no financiamento das ações de saúde no Amazonas. O secretário reivindicou uma ampla discussão sobre os custos associados ao atendimento de não brasileiros nos municípios próximos às fronteiras com o Peru e a Colômbia. “Queremos um mecanismo compensatório uma vez que atendemos pelo SUS uma parcela da população que vive na área de fronteira”, defendeu.
O secretário participou da reunião acompanhado dos representantes do Programa Estadual de Alta Complexidade, de Atenção Básica, de Vigilância em Saúde e Recursos Humanos. Outros encontros serão realizados de segunda a quarta-feira da próxima semana, para tratar de assuntos específicos das quatro áreas.
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