AM quer aumento de teto para a saúde
O Governo do Amazonas está pleiteando junto ao Ministério da Saúde aumento de teto orçamentário para os procedimentos de média e alta complexidade. O governador Eduardo Braga, em reunião na manhã desta quarta-feira (13) em Brasília, com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, reivindicou que o valor per capita repassado pelo Governo Federal ao Estado chegue pelo menos a R$ 100,00, que é a média nacional. O Amazonas tem o menor limite financeiro do país e recebe atualmente R$ 75,76.
O governador destacou que o Estado é o que aplica o maior percentual de recursos próprios em saúde, algo em torno de 25%, o dobro do que exige a legislação. Ele disse esperar o reconhecimento e o apoio do Ministério da Saúde para que as ações no atendimento a especialidades médicas e procedimentos como cirurgias e transplantes possam ser incrementados. Braga destacou as especificidades regionais como um dos diferenciais a ser considerado pelo Ministério, lembrando que desenvolver ações de saúde no Amazonas exige mais tempo e recursos, uma vez que o Estado tem uma população dispersa e que boa parte dela vive em áreas de difícil acesso.
Além do aumento de teto, Eduardo Braga solicitou ao ministro a liberação de recursos para aquisição de equipamentos necessários à ampliação dos serviços de nefrologia e neurologia no Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV) e à criação do serviço de cirurgia cardíaca pediátrica no Hospital Universitário Francisca Medes. Os três serviços, de alta complexidade, atenderão a demanda de pacientes que, na maioria dos casos, precisa de assistência altamente qualificada e por longos períodos. Atualmente o atendimento nestas três especialidades tem o complemento da iniciativa privada, contratada pelo Estado, e do tratamento fora de domicílio.
José Gomes Temporão se comprometeu a estudar as solicitações do Amazonas e reconheceu a necessidade de aumentar os recursos destinados ao estado.
Também participaram da reunião com o ministro o secretário de saúde do Amazonas, Agnaldo Costa, o secretário executivo de saúde, Plínio César Coelho, e o diretor do HUGV, Raymisson Monteiro.
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