AM tem o menor índice de mortes por malária

O Amazonas é o Estado que tem o menor índice de mortes por malária do Brasil, conforme o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica, do Ministério da Saúde. Neste ano, em Manaus, até o final de agosto foram registrados cerca de 42 mil casos de malária. Destes, apenas quatro evoluíram para o óbito, em decorrência de complicações da doença. Em todo o Amazonas, 130 mil pessoas adoeceram por malária este ano e destas, nove morreram. A taxa é de 0,007% e é menor que a taxa geral de letalidade nos estados da Amazônia Legal (0,2%) onde ocorrem 99% do total de casos de malária no país.

O secretário estadual de Saúde, Wilson Alecrim, informou que contribuem para a manutenção de índices baixíssimos de morte por malária no Amazonas o diagnóstico e o tratamento precoces. Na capital existem 130 postos de diagnóstico, onde é possível a qualquer pessoa fazer o teste se suspeitar de malária e receber os medicamentos imediatamente e de forma gratuita. Além disso, há equipes que fazem o acompanhamento do tratamento, a fim de evitar a interrupção e o recrudescimento da doença. “Essas medidas evitam que a doença se agrave e o paciente precise de internação ou venha a falecer”, garante o secretário.

Segundo Alecrim, desde que feito o diagnóstico e iniciado o tratamento logo após o surgimento dos sintomas, os casos de malária evoluem para a cura, sem necessidade de internação hospitalar. “Mesmo infectado pela malária do tipo falciparum, considerada mais agressiva que a vivax, o paciente tem uma recuperação tranqüila”, afirma. A taxa de internação no Amazonas, ainda de acordo como Ministério da Saúde, é 50% menor que a média nacional.

O tratamento para malária é feito, em média, durante sete dias para a vivax, responsável por 80% do total de casos. Para a malária falciparum, os medicamentos podem ser administrados em dose única ou durante cinco dias, de acordo com cada paciente. O diretor técnico da Fundação de Vigilância em Saúde, médico Bernardino Albuquerque, a escolha do esquema terapêutico é feita com base em alguns indicativos como sinal ou sintoma que evidencie complicação, grau de parasitemia (quantidade de plasmodium circulante ou quantidade de “cruzes”) e se é a primeira vez ou não que o paciente adquire a doença. Embora os sintomas desapareçam entre 48 e 72 horas depois do início do tratamento, o importante é tomar a medicação até o fim e corretamente”, alerta. O diretor destaca que é imprescindível também que o paciente faça novamente o exame, no final do tratamento, para ter certeza de que está curado.

Plano tem ações intensivas

Durante esta semana, as ações do plano emergencial para o combate à malária em Manaus estão sendo realizados nas zonas Leste, Oeste e Norte e incluem termonebulização, borrifação intradomiciliar, busca ativa, manejo de igarapés e educação em saúde. As ações envolvem técnicos do Governo do Estado e da Prefeitura de Manaus.

Desde ontem, em 15 comunidades da zona Leste, incluindo o bairro João Paulo, o Lago do Puraquequara e o ramal do Brasileirinho, está sendo realizado o segundo ciclo de termonebulização (fumacê). As ações se estendem até o próximo dia 23, período em que as equipes de vigilância também realizam busca ativa (procura de pessoas febris) em 65 comunidades da área, com a meta de visitar 7.503 casas. A borrifação intra-domiciliar (aplicação de inseticida nas paredes das casas para espantar e matar mosquitos) está sendo realizada nesta semana no ramal do Beto, no ramal do Chico Mendes e no ramal da Escola. Ações de educação, com esclarecimento sobre as formas de prevenção à malária irão acontecer nos bairros Grande Vitória e Nova Vitória, com um total de 700 visitas.

Na zona Oeste 32 comunidades irão receber as equipes de termonebulização, entre elas estão o bairro Campos Sales, as Vivendas Verde e do Pontal e toda a área do Tarumãnzinho. Também serão realizadas ações de busca ativa em cinco comunidades dessa área, com um total de 22.492 visitas previstas. As equipes de borrifação intradomiciliar estarão seis comunidades da zona oeste e deverão realizar 421 visitas. As ações de educação e saúde serão levadas as comunidades das invasões Parque Riachuelo e Campos Sales, com a realização de uma palestra educativa e 600 visitas domiciliares. Nessa área também serão executadas as ações de manejo ambiental com a limpeza de margens e leitos de igarapés no Parque Riachuelo.

Três comunidades da zona Norte também receberão as equipes de termonebulização, entre elas estão os Conjuntos Nova Cidade, Lagoa Azul e Ramal da Santa Marta, onde também serão realizadas as ações de educação em saúde. Cinco comunidades dessa zona da cidade também receberão as visitas das equipes que realizam a busca ativa de casos, diagnóstico e tratamento, com um total de 13.599 visitas previstas. A borrifação intradomiciliar será realizada no Conjunto Lagoa Azul onde serão realizadas 281 visitas. Também serão realizadas as ações de educação em saúde nos Conjuntos Nova Cidade e Lagoa Azul, onde serão realizadas duas palestras e 700 vistas domiciliares.

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