AM trabalha no controle da Tuberculose

O dia 24 de Março foi estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o Dia Mundial de Luta Contra a Tuberculose. Aproveitando a data a Policlínica Cardoso Fontes, unidade de referência no tratamento da doença no estado, realiza a “Semana de Mobilização nas Ações de controle da Tuberculose”. O evento acontece entre os dias 24 e 28 com mobilizações em pontos estratégicos da cidade.

Palestras, distribuição de panfletos e exibição de vídeos educativos fazem parte da programação que será realizada na Policlínica Cardoso Fontes e também no centro comercial de Manaus, em escolas da rede pública e nas unidades prisionais do estado.

“Nosso objetivo é conscientizar o maior número possível de pessoas quanto aos sintomas da doença e orientar com relação ao diagnóstico e tratamento” destaca a diretora da policlínica e coordenadora do programa estadual de controle da tuberculose, Irineide Assumpção.

No Amazonas surgem cerca de 1.000 novos casos da doença a cada ano. Dados estatísticos da Secretaria de Estado da Saúde (Susam) apontam um acréscimo de 4,9% na taxa de incidência (registro de casos novos) entre os anos de 2006 e 2007. A taxa é calculada levando-se em consideração cada grupo de mil nascidos vivos.

Segundo a coordenadora, o índice de mortalidade por tuberculose é baixo no Amazonas, 3%. “Essas mortes ocorrem, em sua maioria, por conta da não adesão ao tratamento, resistência a todas as drogas disponíveis e associação com outras doenças como a Aids”, explica.

De acordo com Irineide, a tuberculose sempre esteve associada a condições sociais menos favoráveis e a discriminação também contribui para o estigma da doença. Ele acrescenta que a doença tem cura e o diagnóstico e o tratamento são garantidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Diagnóstico e Tratamento – Segundo Irineide Assumpção, todas as unidades de saúde da rede básica de Manaus estão capacitadas para diagnosticar e tratar a doença. “Ao identificar os sintomas da doença a pessoa deve procurar o médico imediatamente. Quanto mais precoce o diagnóstico maior o sucesso no tratamento”, informa.

Segundo a diretora um dos fatores que mais contribui para a disseminação da doença é o abandono do tratamento antes da cura. Ela explica que os sintomas desaparecem em cerca de 15 dias após o início do tratamento. “O incomodo passa e as pessoas pensam que já estão curadas então decidem abandonar a medicação. O grande problema está no fato de que elas continuam transmitindo a doença e contribuindo para que a bactéria se torne resistente”.

A única forma de prevenção da doença é a vacina BCG, ministrada em recém nascidos com até 30 dias de vida.

Nos municípios do interior do estado todos os hospitais possuem profissionais capacitados para atender casos suspeitos e pacientes portadores da doença. As unidades possuem os medicamentos utilizados no tratamento e realizam ações educativas.

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