Amazonas atinge 68% da meta de vacinação

Mais de 293 mil crianças receberam as duas doses da vacina Sabin no último sábado, (16) durante a primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra poliomielite, no Amazonas. Esse total representa 68% da meta mínima estabelecida pelo Ministério da Saúde, que é de vacinar 95% das crianças menores de cinco anos residentes no Estado. Seis municípios do interior já alcançaram a meta: Carauari, Nhamundá, Anamã, Canutama, Silves e Itapiranga. Manaus e os demais municípios terão um período extra para concluir a campanha.

A coordenadora estadual do Programa Nacional de Imunização, Izabel Nascimento, informa que na capital a campanha foi prorrogada por mais esta semana, para que se possa cumprir a meta. “É importante que as crianças sejam vacinadas, pois só assim teremos a garantia de que essa doença, que deixa seqüelas para o resto da vida, seja erradicada do país e de Manaus e os profissionais estarão orientando os pais e responsáveis quanto à importância da vacinação.

Nos municípios do interior as equipes de vacinação terão mais 30 dias para concluir os trabalhos. Segundo Izabel todos os anos o Ministério dá esse prazo para que as equipes possam atingir as comunidades mais longínquas e vacinar todas as crianças. “As dificuldades logísticas da nossa região faz com que as equipes demandem um tempo maior para atingir os 100%”.

Segundo a coordenadora do PNI a Secretaria de Estado da Saúde (Susam) disponibilizou um total de 470 mil doses da vacina para garantir a vacinação nos 62 municípios do interior do estado.

Meta é erradicar

O objetivo da campanha é evitar que o poliovírus selvagem, causador da poliomelite, seja reintroduzido no País, uma vez que ainda não foi erradicado no mundo. Em 2007, 17 países, incluindo Índia, Nigéria, Afeganistão e Paquistão, registraram quase 2 mil casos da doença. Apenas nos primeiros quatro meses deste ano 214 casos foram registrados em todo o mundo.

No Brasil o último caso registrado de poliomielite foi em 1989 na Paraíba. De acordo com o secretario de estado da saúde, Wilson Alecrim, esse vitória só foi possível graças a criação do Programa Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde, através do qual a vacina Sabin é distribuída gratuitamente para a população. “A vacina é a única proteção contra esta doença. Os pais devem ter a responsabilidade de vacinar seus filhos e protegê-los contra a paralisia infantil”, disse.

A coordenadora Izabel Nascimento ressalta que mesmo as crianças com a Caderneta de Vacina em dias devem tomar a dose oferecida na campanha, uma vez que o objetivo é limpar o ambiente, evitando que o polivírus selvagem, causador da poliomielite, se mantenha vivo ameaçando a saúde pública.

Poliomielite

A poliomielite é uma doença causada por vírus, que provoca paralisia e pode levar à morte. A doença é mais comum em crianças mas também pode ocorrer em adultos. A transmissão do vírus se dá de pessoa para pessoa, via fecal-oral. Todos os doentes, assintomáticos ou sintomáticos, expulsam grande quantidade de vírus infecciosos nas fezes, até cerca de três semanas depois da infecção do individuo. Os seres humanos são os únicos atingidos e os únicos reservatórios do vírus.

O período entre de incubação varia de 3 a 35 dias. Os sintomas iniciais são febre, dor de garganta, náuseas, vômitos e dor abdominal. O vírus atinge a corrente sanguínea e infecta outros orgãos, principalmente o cérebro, o coração e o fígado. O vírus provoca destruição dos neurônios motores, causando paralisia flácida dos músculos.

O número de músculos afetados varia. Se afetar os músculos associados ao sistema respiratório, provoca morte por asfixia. Frequentemente a paralisia é irreversivel. A mortalidade total de vítimas da poliomielite paralítica é de 15 a 30% para os adultos e 2 a 5% para crianças.
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