Amazonas deve vacinar 431 mil crianças

O Amazonas deve vacinar neste sábado (13), dia de realização da segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite, 357 mil crianças menores de cinco anos. Ao mesmo tempo, deve alcançar 431 mil menores de sete anos contra o sarampo, durante a campanha de seguimento contra a doença, que terá o Dia D neste sábado e prosseguirá até 16 de setembro, com a vacina à disposição em todas as unidades básicas de saúde da capital e do interior do Estado.

O secretário estadual de Saúde, Wilson Alecrim, diz que os municípios estão preparados para a campanha e foram orientados a utilizar todos os meios de mobilização para garantir o alcance das metas.

De acordo com Alecrim, a Secretaria distribuiu mais de 1 milhão de doses das duas vacinas, além de agulhas e seringas específicas para aplicação da vacina contra o sarampo, que é injetável. A quantidade é suficiente para a cobertura total das duas metas, com uma quantidade padrão excedente.

A coordenadora estadual do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Izabel Nascimento, informa que as duas vacinas serão aplicadas ao mesmo tempo. Todas as crianças menores de cinco anos (até 4 anos, 11 meses e 29 dias) devem ser imunizados contra a poliomielite, mesmo que não tenham participado da primeira etapa da campanha ou que estejam com o cartão de vacinação atualizado. A vacina contra o sarampo é voltada para as que têm até 6 anos, 11 meses e 29 dias.
No interior, campanha se estende até setembro

Nas áreas rurais do interior do Estado, a campanha contra a poliomielite se estenderá até 16 de setembro, acompanhando o período de vacinação contra o sarampo. A estratégia da Secretaria de Estado da Saúde (Susam) de ampliar o tempo de oferta da vacina se deve às dificuldades de acesso às áreas mais remotas e de difícil acesso, como comunidades e áreas indígenas.

Há comunidades no interior do Estado onde não se chega com menos de dez dias de viagem, a partir da sede municipal. Um dos exemplos são as aldeias indígenas na área de abrangência dos municípios de Atalaia do Norte, Eirunepé e São Gabriel da Cachoeira.

A dispersão da população é outro fator de dificuldade destacado pela coordenadora estadual do Programa Nacional de Imunizações, Izabel nascimento.

No Amazonas, a densidade populacional é de menos de 1 habitante por quilômetro quadrado. “Além disso, as estradas são os rios e a via fluvial exige muito mais tempo de viagem que a via terrestre”. Izabel lembra que em 60% dos municípios amazonenses, metade da população vive nas zonas rurais. Ela diz que para superar as limitações de mobilidade das populações, estão sendo usados barcos, canoas e aviões, quando possível, para levar a vacina e garantir a instalação de postos o mais próximo possível das pessoas.

A coordenadora destaca que o objetivo das campanhas anuais de vacinação contra a poliomielite é evitar a reintrodução do poliovirus selvagem no Brasil, onde a doença foi erradica em 1994. Quanto às mobilizações nacionais para vacinação em massa contra o sarampo, estas acontecem em intervalos de três a cinco anos, nas chamadas “campanhas de seguimento”. A finalidade é manter o país livre da transmissão disseminada do vírus causador da doença, fora de circulação desde o ano 2000.

“Como as duas doenças ainda ocorrem em outros países, há sempre o risco de reintrodução dos vírus e o compromisso do Brasil é manter altas coberturas vacinais”, ressalta a coordenadora.

DADOS GERAIS
METAS:
Amazonas
Poliomielite: 357 mil crianças menores de cinco anos
Sarampo: 431 mil crianças menores de sete anos
LOCAIS E HORÁRIOS:
CAICs, Unidades Básicas de Saúde e postos alternativos: das 8h às 17 horas
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